SAUDE

Proteínas de soro de leite hidrolisadas podem ajudar no combate à hiperglicemia

15/08/2013

 

Por José Tadeu Arantes

Agência FAPESP – As proteínas do soro do leite (PSLs) constituem um suplemento nutricional bastante familiar aos esportistas. Chamadas genericamente de whey proteins (nome em inglês), são vendidas com diferentes marcas e apresentações.

Graças à riqueza em aminoácidos de cadeia lateral ramificada (branched-chain amino acids ou BCAAs) – aminoácidos essenciais que os seres humanos não conseguem sintetizar, devendo obter por meio da dieta –, as PSLs são amplamente utilizadas para promover o crescimento e estimular a produção de massa muscular. Tal propriedade também faz delas um complemento nutricional para pessoas em condições patológicas de depleção da musculatura.

As PSLs têm também funções anti-hipertensiva e antiulcerosa. Essas funções já eram conhecidas na literatura. Descobriu-se agora, em pesquisas com ratos, que duas outras propriedades benéficas se acrescentam quando as proteínas de soro de leite são previamente hidrolisadas por meio de enzimas (isto é, parcialmente decompostas em peptídeos – cada um deles formado por dois ou mais aminoácidos): um efeito de redução da hiperglicemia e um efeito de proteção celular e minoração do estresse.

Tais descobertas foram feitas no Laboratório de Fontes Proteicas da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Lafop-Unicamp), em três projetos de pesquisa coordenados por Jaime Amaya Farfan com o apoio da FAPESP: “Efeito do consumo de hidrolisado do soro de leite no metabolismo energético e estado redox em ratos exercitados”“Efeito do consumo das proteínas do soro do leite nos biomarcadores HSP e parâmetros bioquímicos em ratos” e “Efeito do consumo das proteínas do soro de leite intactas e hidrolisadas, nos transportadores de glicose 1 e 4 do rato”.

A equipe liderada por Farfan, que incluiu os pesquisadores Pablo Christiano Barbosa Lollo (doutorado), Priscila Neder Morato (doutorado), Carolina Soares de Moura (mestrado) e Luciana Nisishima (iniciação científica), publicou, em 2013, dois artigos na revista Food Chemistry“A dipeptide and amino acid present in whey protein hydrolysate increase translocation of GLUT-4 to the plasma membrane in Wistar rats” e “Whey protein hydrolysate enhances the exercise-induced heat shock protein (HSP70) response in rats”. E produziu outro, “Whey protein hydrolysate increases translocation of GLUT-4 to the plasma membrane independent of insulin in Wistar rats”, prestes a ser publicado na PLoS One.

O poder das proteínas de soro de leite hidrolisadas (PSLHs) de ativar a utilização da glicose também foi descrito por um grupo de pesquisadores japoneses, depois de ter sido observado e relatado pela equipe da Unicamp.

“Os experimentos indicam que a ingestão de proteínas do soro de leite, especialmente de proteínas de soro de leite hidrolisadas [PSLHs], promove a utilização da glicose sanguínea e a síntese de glicogênio nos músculos esquelético e cardíaco. Daí seu efeito anti-hiperglicêmico, de combate ao diabetes ou ao pré-diabetes”, disse Farfan à Agência FAPESP.

A hiperglicemia é caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue, da ordem de mais de 100 miligramas por decilitro. “No diabético ou na pessoa que está com hiperglicemia, já a caminho do diabetes, a taxa de glicose no sangue não baixa com o metabolismo, geralmente porque ou falta insulina ou o transportador principal da glicose (GLUT-1) não funciona”, explicou Farfan.

“As PSLHs, então, propiciam uma via alternativa para a retirada da glicose da circulação e sua introdução nas células, para gerar energia ou para ser armazenada na forma de glicogênio [polímero, formado por sucessivas moléculas de glicose, estocado no fígado e nos músculos]”, disse.

Essa “via alternativa” consiste na ativação do transportador de glicose-4 (GLUT-4). “As moléculas de GLUT-4 repousam em vesículas intracelulares. Ativadas, elas migram para a membrana plasmática, tornando-se disponíveis para captar a glicose presente no meio circulante e transportá-la para o interior das células”, disse Farfan.

A função de ativação dos GLUT-4 é típica dos exercícios físicos. Mas o experimento mostrou que, com a ingestão de PSLHs, pode ocorrer também em condições de sedentariedade.

“Sem a intenção de desestimular o exercício em pessoas ativas, essas proteínas se projetam como possível alternativa para o manejo da hiperglicemia em indivíduos que, por sua condição de saúde, estão impedidos de praticar atividades físicas, pois o efeito se mostra tanto substitutivo quanto aditivo ao produzido pelo exercício”, disse Farfan.

Nos experimentos com ratos, o pesquisador e seus colaboradores constataram que os animais alimentados com caseína [proteína insolúvel do leite, cuja retirada dá origem ao soro] ou PSLs comuns também ativaram uma certa quantidade de GLUT-4. Mas aqueles alimentados exclusivamente com PSLHs mobilizaram quase o dobro.

“A hiperglicemia é extremamente nociva, porque significa ter uma quantidade muito grande de um reagente químico em circulação no sangue. A glicose é um aldeído. E, como tal, tende a modificar quimicamente as proteínas, receptores e outras moléculas com as quais entra em contato. Modificadas, essas moléculas deixam de funcionar corretamente. Dificuldade de cicatrização, fígado gorduroso e cirrose são algumas das consequências”, afirmou Farfan.

Atividade de proteção celular

Quanto à propriedade de proteção celular, que pode estar associada ao efeito anti-hiperglicêmico, ela se deve ao estímulo que as proteínas de soro de leite, e mais ainda as proteínas de soro de leite hidrolisadas, produzem sobre a concentração das proteínas endógenas de proteção, as chamadasheat shock proteins, ou HSPs.

As HSPs compõem um mecanismo natural de defesa, capaz de proteger e reparar danos causados às estruturas de natureza proteica. Elas conferem às células maior tolerância e resistência contra uma série de agentes agressores, garantindo a sobrevivência celular durante períodos de estresse.

“Certas condições de estresse chegam a provocar a perda da conformação original e da funcionalidade de proteínas muito sensíveis, como os receptores e os transportadores. Dada a sua constante vigilância sobre a conformação correta de polipeptídios e proteínas, as HSPs são também conhecidas como chaperoninas (em analogia ao nome dado às damas de companhia). Os aumentos no conteúdo ou na expressão das HSPs conferem citoproteção e favorecimento ou restauração do equilíbrio homeostático”, disse Farfan.

Antes de chegar à explicação envolvendo as HSPs, os pesquisadores constataram que os animais mantidos durante longo período com dieta exclusiva de proteínas de soro de leite hidrolisadas conservavam todos os parâmetros normais, menos em relação a uma enzima, que se apresentava diminuída: a glutaminase.

“Pesquisando toda a literatura, vimos que essa redução da glutaminase era um bom indício, pois a glutamina é a principal fonte de energia para os intestinos. Era de se esperar que animais submetidos a estresse causado pelo exercício físico tivessem a glutaminase aumentada, por causa da maior demanda dos intestinos. O fato de a glutaminase estar diminuída sugeria que os ratos alimentados com PSLHs estavam muito menos estressados pelos exercícios exaustivos do que os outros grupos”, disse Farfan.

Essa sugestão foi confirmada pelo monitoramento dos hormônios relacionados ao estresse. E, a partir daí, os pesquisadores passaram a investigar as HSPs, as proteínas do estresse e do antiestresse.

“Vimos que existe um efeito parecido ao observado com o GLUT-4. Ou seja: o exercício produz uma certa quantidade de HSPs e a dieta com as proteínas hidrolisadas também. Quando se combinam as duas coisas, os efeitos se complementam. Assim, encontramos uma explicação para o efeito antiestresse”, afirmou o pesquisador.

A propriedade citoprotetora das PSLHs explica seu efeito antiestresse em animais exercitados até a exaustão, que apresentaram rendimento no trabalho físico muito superior aos alimentados com caseína ou mesmo com PSL. Ao mesmo tempo, a propriedade de ativação dos GLUT-4 explica seu efeito poupador do glicogênio muscular nos animais levados à exaustão e de estímulo à síntese e acúmulo de glicogênio nos sedentários.

“Com o uso da técnica de westernblot [método analítico utilizado para detectar proteínas em uma amostra], comprovamos que as PSLHs, ainda mais do que as PSLs, são capazes de promover os transportadores GLUT-4 do interior das células para as membranas celulares, que são os seus locais de ação. Assim, e cercando os achados com testes de inocuidade quanto à segurança do consumo prolongado das proteínas hidrolisadas, sugerimos que elas podem acionar o transporte da glicose e a sua utilização, da mesma forma que o exercício físico o faz”, disse Farfan.

Em sequência ao estudo, os pesquisadores agora pretendem estudar os efeitos das PSLHs nos humanos. 
 

CNJ recomenda especialização de varas de fazenda pública para tratar de questões de saúde

06/08/2013 - 15h46

 
Luis Silveira/Agência CNJ
CNJ recomenda especialização de varas de fazenda pública para tratar de questões de saúde

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, nesta terça-feira (6/8), por unanimidade, durante sua 173ª Sessão Ordinária, recomendação aos tribunais de todo o País para que criem varas especializadas no julgamento de processos relacionados ao acesso à saúde. Na mesma decisão, o conselho recomendou ao Judiciário prioridade no julgamento de ações que envolvem planos e seguros de saúde.

“A especialização pode propiciar decisões mais adequadas e precisas”, comentou a conselheira Maria Cristina Peduzzi, ministra do Tribunal Superior do Trabalho, acompanhando o conselheiro Ney Freitas, relator do processo. O relatório destaca que há 240 mil ações na Justiça relacionadas a direito à saúde.

A recomendação, aprovada nesta terça-feira, decorre de um pedido de providência encaminhada ao CNJ pelo ex-deputado Flávio Dino de Castro e Costa, cujo filho morreu em um hospital de Brasília/DF.

A partir da decisão do CNJ, cada tribunal deve examinar a forma de instituir as varas especializadas em saúde, mas os conselheiros sugerem a transformação de alguma vara da Fazenda Pública em vara da saúde. Com isso, não haveria necessidade de ampliar a estrutura do tribunal.

Em seu relatório, o conselheiro Ney Freitas lembra que o Fórum Nacional da Saúde vem adotando “medidas concretas e normativas” para a prevenção de conflitos judiciais na área.
 
Gilson Luiz Euzébio
Agência CNJ de Notícias

 

Mais de 170 países organizam ações para a Semana Mundial do Aleitamento Materno

Brasília – Apenas 38% das crianças no mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade alerta que o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas e uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência. Segundo a OMS, o aleitamento materno reduz as chances de obesidade na vida adulta e o risco de diabetes.

A meta da instituição é elevar a taxa mundial de aleitamento materno exclusivo, nos primeiros seis meses de vida do bebê, em pelo menos 50% até 2025. O objetivo é melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. Para isso, a partir de hoje (1º), os governos de mais de 170 países organizam uma série de atividades para comemorar a Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Porém, em um levantamento divulgado esta semana, a OMS alerta que apenas 37 dos 199 países (19%) signatários das diretrizes da entidade sobre o tema aprovaram leis que refletem todas as recomendações, entre elas, a de proibir totalmente a publicidade de produtos substitutos do leite.

A agente de segurança Tatiana Pereira Leal reconhece essas vantagens no dia a dia. Tatiana amamentou a primeira filha até os 3 anos de idade, apesar de ter enfrentado dificuldades nos primeiros meses. A filha mais nova, que hoje tem 12 anos, foi amamentada até 1 ano de idade, quando Tatiana teve que voltar ao trabalho.

“Acho que faz toda a diferença na formação deles. Minhas filhas não tomaram mamadeira ou [usaram] chupeta e foram do peito para a comida. Só tiveram gripes bobas enquanto minha sobrinha que não mamou tem vários problemas de saúde. Ela tem a imunidade muito baixa”, disse.

Representantes do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS afirmaram que, apesar de quase todas as mulheres serem capazes de amamentar seus filhos, muitas são desencorajadas e passam a acreditar que os complementos alimentares são as melhores opções.

O levantamento da OMS não destaca números da situação brasileira. O Ministério da Saúde deve divulgar dados mais atualizados no final da manhã de hoje. No site do ministério, o governo destaca que vários esforços vêm sendo feitos para estimular o aleitamento materno, mas reconhece que, ainda assim, “as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão aquém do recomendado”.

A última pesquisa sobre aleitamento feita pelo Ministério da Saúde, abrangendo todo o país, ocorreu em 2009 e apontou que 41 % das crianças menores de 6 meses recebem alimentação exclusivamente por aleitamento. O levantamento ainda mostra que, durante a primeira hora de vida, 67,7% das crianças mamam.

Números do governo apontam que o Brasil tem a maior rede de bancos de leite do mundo, com 210 unidades e 117 postos de coleta. Por ano, são coletados em média 166 mil litros de leite humano que beneficiam, aproximadamente, 170 mil recém-nascidos, segundo dados do Ministério da Saúde. A expectativa é que, este ano, a pasta invista R$ 7 milhões nos bancos de leite, ou seja, quatro vezes mais do que tem sido gasto (R$ 1,7 milhão por ano).

* Edição: Talita Cavalcante.

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

Pesquisa busca aperfeiçoar moléculas com ação antitumoral

26/07/2013

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Inspirados em compostos naturais com ação antitumoral já descrita na literatura científica, cientistas do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ-Unicamp) sintetizaram em laboratório cerca de 150 moléculas que estão sendo testadas em linhagens celulares de câncer e em modelos animais.

O objetivo dos pesquisadores é desvendar o mecanismo de ação das moléculas, selecionar as mais promissoras e descobrir que tipo de modificação poderia ser feita em sua estrutura para aumentar o efeito medicinal e minimizar possível toxicidade.

O trabalho está sendo desenvolvido no âmbito de um Projeto Temático coordenado pelo professor Ronaldo Aloise Pilli, do IQ-Unicamp. Parte dos resultados foi apresentada durante aEscola São Paulo de Ciência Avançada em Química Bio-orgânica, evento realizado em Araraquara, no início de julho, com apoio da FAPESP.

Segundo Pilli, a maior parte da biblioteca de compostos sintetizados na Unicamp foi inspirada em duas substâncias naturais: a piplartina – isolada da pimenta-de-macaco (Piper tuberculatum), popular no Nordeste brasileiro – e a goniotalamina – extraída das raízes e hastes de um arbusto da espécie Goniothalamus macrophyllus, originário da Ásia.

“Há grupos realizando testes com as versões naturais desses compostos, mas a grande vantagem da síntese química é poder torná-los ainda mais eficazes por meio de modificações estruturais. Nosso objetivo é descobrir princípios que sirvam de ponto de partida para a criação de novos medicamentos”, afirmou Pilli.

A ação das moléculas está sendo testada em linhagens de câncer de mama, ovário, pulmão, rim, melanoma (pele), glioma (cérebro), cólon (intestino), pâncreas e próstata. Até o momento, segundo Pilli, seis compostos sintéticos já mostraram resultados promissores contra tumores de mama, pâncreas e próstata, o que motivou o início dos testes em animais – não previstos inicialmente no projeto.

Em um experimento descrito na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry, os pesquisadores implantaram em camundongos um tipo de adenocarcinoma mamário extremamente agressivo e de rápido crescimento conhecido como tumor de Ehrlich.

Alguns dos animais foram tratados com a goniotalamina produzida em laboratório e os demais com 5-fluorouracila – um dos quimioterápicos de uso clínico. Após 15 dias, a inibição do crescimento das células malignas e a redução da massa tumoral foram comparáveis nos dois grupos, sem qualquer evidência de toxicidade aguda nos animais tratados com o produto sintético.

Em outro modelo experimental, descrito no mesmo artigo, os pesquisadores induziram um edema na pata dos camundongos com uma substância chamada carragenina. Nesse caso, a versão sintética da goniotalamina ajudou a reduzir a inflamação.

“Estamos tentando descobrir por meio de qual mecanismo essas substâncias inibem o crescimento das colônias de células tumorais. Queremos entender em qual estágio da divisão celular esses compostos estão interferindo e descobrir se eles interagem com uma proteína de membrana ou se entram na célula e alteram alguma estrutura do citoplasma ou do núcleo. Esse conhecimento pode nos ajudar a aperfeiçoar as moléculas”, explicou Pilli.

Outros alvos

O Projeto Temático também busca investigar a eficácia dos compostos sintéticos na inibição de duas classes de proteína que participam da regulação de diversas funções celulares: as fosfatases e as chaperonas.

“Para uma proteína desempenhar sua função no organismo, ela precisa estar na conformação correta. A função está diretamente associada à forma tridimensional da proteína”, explicou Pilli.

As chaperonas, acrescentou o pesquisador, auxiliam outras proteínas a se enovelar, ou seja, a moldar sua cadeia de aminoácido até chegar à forma funcional. Já as fosfatases são enzimas que causam a desfosforilação de outras proteínas, ou seja, retiram retirando um grupo fosfato da molécula. Trabalho inverso é feito pelas quinases – enzimas que acrescentam um grupo fosfato em outras proteínas (fosforilação).

“Algumas doenças são desencadeadas porque uma ou mais proteínas permanecem fosforiladas mais tempo do que deveriam. Outras porque foram desfosforiladas quando não deveriam. Por isso seria interessante encontrar moléculas capazes de modular a ação das fosfatases”, contou Pilli.

No início do Temático, foi desenvolvida uma plataforma para expressar, purificar e cristalizar três tipos de fosfatases. “A PTB-1B encontra-se superexpressa em diversos tumores malignos como o de mama e ovário, enquanto a CDC-25b está associada a desvios nos pontos de checagem do ciclo celular e instabilidade genética. A superexpressão de LMW-PTP foi observada em várias neoplasias e pode estar relacionada à malignidade e à agressividade de tumores e a processos de metástase”, contou Pilli.

Por meio de experimentos in vitro, os pesquisadores selecionaram, entre os 150 compostos, aqueles que mostraram maior capacidade de inibir a expressão das chaperonas e das fosfatases.

“O próximo passo é tentar fazer a cocristalização do composto e da proteína, ou seja, unir os dois em um cristal para ser examinado por cristalografia de raio X. Isso nos permitirá ver como nossas moléculas se encaixam nas proteínas e que tipo de modificação podemos fazer para torná-las inibidores ainda melhores”, disse Pilli.

Em um trabalho divulgado na PLoS One, os pesquisadores estudaram o envolvimento da LMW-PT no processo de resistência a múltiplas drogas de células de leucemia mieloide crônica.

De acordo com Pilli, o silenciamento da enzima recuperou a sensibilidade das células malignas a dois quimioterápicos: vincristina e mesilato de imatinib. “Os resultados sugerem que a inibição da LMW-PTP pode ser uma estratégia terapêutica a ser explorada”, avaliou Pilli.

O grupo do Temático é formado por nove pesquisadores de diversas áreas, como química, bioquímica, farmacologia e biologia estrutural. Conta ainda com a participação de aproximadamente 30 estudantes de graduação e pós-graduação e cinco pós-doutorandos. As pesquisas realizadas até o momento já deram origem a cerca de uma centena de publicações em revistas científicas.

“O leque de atuação vem se ampliando com o desenrolar das pesquisas. Já demos início a parcerias internacionais e com a equipe do Centro de Pesquisa em Diabetes, Obesidade e Comorbidades (um dos novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiados pela FAPESP). O projeto está ajudando a formar uma geração de futuros pesquisadores que saberão atuar na interface entre a síntese orgânica, biologia celular e biologia estrutural”, avaliou Pilli.

O artigo Effect of goniothalamin on the development of Ehrlich solid tumor in mice, pode ser lido em www.sigmaaldrich.com/catalog/papers/20729093.

O artigo Knocking Down Low Molecular Weight Protein Tyrosine Phosphatase (LMW-PTP) Reverts Chemoresistance through Inactivation of Src and Bcr-Abl Proteins (doi: 10.1371/journal.pone.0044312), pode ser lido emwww.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0044312. 

Brasil testará medicamento para prevenir infecção de HIV

 

Terapia de pré-exposição contará com 400 voluntários de grupo de risco. Durante um ano, eles receberão uma dose diária de uma droga.

Pela primeira vez, o Brasil vai testar um medicamento como terapia preventiva contra a Aids. Comadando pela Fundação Oswaldo Cruz com apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Secretaria de Saúde paulista, o programa vai selecionar 400 voluntários homossexuais a partir de agosto para participar dos estudos.

Os pesquisadores vão testar o medicamento Truvada para evitar a infecção pelo vírus HIV, terapia conhecida como pré-exposição. Os testes seguirão ao longo de um ano – no Brasil, até agora, o uso da droga só era permitido em pacientes infectados.

O Truvada não cura a doença, mas é aplicado em grupos de risco para reduzir o probabilidade de contração do vírus. A terapia pré-exposição é liberada desde julho de 2012 nos Estados Unidos, onde a fabricante do medicamento, a farmacêutica Gilead Sciences, está sediada.

Testes na Tailândia

Adele Benzaken, do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids, afirma que o método preventivo também foi testado no ano passado em Bangkok, na Tailândia. O programa incluiu voluntários homossexuais que não tinham Aids, mas que mantinham relações com outros homens que tinham a doença, além de usuários de drogas injetáveis. Depois do tratamento, os casos de Aids diminuíram em 40% na primeira sequência de testes e em até 70% na segunda.

Benzaken não sabe dizer se um programa semelhante será oferecido pelo sistema público de saúde e quanto o tratamento iria custar. “Qualquer decisão normativa do Ministério precisa de evidências. O Brasil só toma decisões do tipo quando o estudo é realizado dentro do país. A ideia dos pesquisadores é provar, após o estudo, que o medicamento é eficaz. Assim é possível mudar as políticas públicas para disponibilizar estes medicamentos nas redes públicas, como uma forma de prevenção geral”, relata.

Pílula não substitui o uso de preservativos

Na terapia pós-exposição, ou seja, quando o paciente ingere a droga depois de ter tido contato com o vírus, o consumo das pílulas terapêuticas estimula o organismo a montar uma resposta imunológica contra o HIV. Dados de uma pesquisa feita pela Universidade de Barcelona mostram que o Truvada ajudou no controle temporário do vírus em voluntários – eles ficaram um ano ou mais sem precisar se submeter ao coquetel de remédios prescrito aos infectados com HIV.

Para Benzaken, no caso da terapia pré-exposição, que será feita no Brasil, o objetivo é oferecer mais segurança aos grupos de risco, e evitar, assim, tratamentos com fortes efeitos colaterais ou que durem um tempo indeterminado.

Segundo a Fiocruz, o programa pode ajudar a evitar o aumento dos casos de Aids. A fundação reforça que o uso do medicamento não significa que a pessoa esteja imune ao HIV, ou a outras doenças sexualmente transmissíveis. O uso do preservativo é sempre recomendado. O remédio deve servir como uma proteção adicional para pessoas em que, por algum motivo, o preservativo não teve eficácia total.

* Edição: Nádia Pontes.

** Publicado originalmente na Deutsche Welle e retirado do site Carta Capital.

(Carta Capital) 

 

Exercício na menopausa previne lesões em mulheres

por Fernando Pivetti, da Agência USP

 Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina (FMUSP) apontou que exercícios de fortalecimento muscular dos membros inferiores e atividades de promoção do equilíbrio, uma vez feitos desde o início da menopausa, podem ser efetivos na prevenção de quedas e fraturas no período imediatamente após o climatério.

A pesquisa buscou identificar se as mulheres que apresentavam osteoporose lombar tinham um equilíbrio inferior quando ficavam em pé, comparadas com mulheres sem a doença. A análise observou que, em mulheres que vivem uma primeira fase de menopausa, entre 55 e 65 anos, não há diferença na força muscular do joelho e no equilíbrio postural nos dois grupos. A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição do tecido ósseo, com aumento da fragilidade dos ossos e do risco de fraturas.

Além disso, foi avaliado se existia uma relação do equilíbrio destas mulheres com a força dos músculos do joelho, o nível de Vitamina D no sangue e com o grau de cifose, mais conhecida como corcunda das costas. Segundo o fisioterapeuta Guilherme Carlos Brech, idealizador do estudo, “a cifose torácica e a dosagem de 25 OH vitamina D também não tiveram associação com o equilíbrio postural, nos níveis estudados, em mulheres com osteoporose lombar pós-menopausa”.

O projeto foi pioneiro no assunto e possibilitou uma primeira discussão sobre o alcance dos efeitos da osteoporose à medida que os pacientes envelhecem. Segundo Brech, “com o aumento da incidência da osteoporose, a medicina viu a necessidade de se encontrar alternativas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que já possuem o diagnóstico e auxiliar na prevenção de quedas para esta população”.

O método de análise partiu de um estudo transversal, controlado. No projeto piloto, foram comparados dois grupos de 15 mulheres cada, um com e outro sem osteoporose. Na análise principal, foram avaliadas 126 pacientes que viviam o período de pós-menopausa, com idade entre 55 e 65 anos, que eram atendidas no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) e no Instituto Central (IC) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP. As participantes da análise responderam a questionários do nível de atividade física e foram submetidas a uma avaliação do equilíbrio postural, força muscular de joelho, nível de vitamina D e grau de cifose torácica.

Primeiros resultados

Para o fisioterapeuta, a linha de pesquisa teve um grande avanço ao avaliar se a osteoporose em mulheres em faixas etárias menores poderia estar associada ao pior equilíbrio postural, aumentando o risco de quedas e fraturas. “Podemos observar que a presença de osteoporose não alterou as características de equilíbrio postural e força muscular na comparação com mulheres sem osteoporose e, também, não influenciou ou foi influenciada pelo nível de atividade física e mobilidade funcional. E essa observação é de extrema importância para os tratamentos da medicina”.

Segundo o pesquisador, as constatações feitas ao longo da análise, ainda que necessitem de um complemento de estudos, mostram que a osteoporose não causa limitações às suas portadoras nessa faixa etária. “O tratamento da doença precisa estar associado a medidas preventivas das incapacidades, principalmente na manutenção do equilíbrio postural e força muscular para evitar as quedas. Assim sendo, programas de atividade física específicos de força muscular e equilíbrio postural devem ser incentivados”, completa.

* Publicado originalmente no site Agência USP.

(Agência USP) 

I Fórum Regional da Saúde do Trabalhador discute estratégia para região

O Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest/Regional de Bebedouro) realizou na manhã de quinta-feira (18), o I Fórum de Discussão Regional da Saúde do Trabalhador, na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384). O Objetivo do evento foi aproximar-se dos munícipios que compõem a regional e conhecer a necessidade de cada um, para traçar estratégia de atuação na saúde do trabalhador no ano de 2013.

O prefeito de Bebedouro, Fernando Galvão, presente no evento, agradeceu a presença de todos e destacou a importância de um plano de trabalho na área da saúde do trabalhador, ressaltando a importância da notificação dos acidentes para um trabalho de prevenção. "Só podemos prevenir aquilo que conhecemos, feito isso, contem conosco para desenvolver um bom trabalho", enfatizou.

Para o coordenador do Cerest Regional de Bebedouro, Oswaldo Luiz Stamato Taube, no Fórum,"vamos discutir sobre as condições de saúde da região e quais são as necessidades voltadas para a saúde do trabalhador", explicou.
Desenvolver estratégias de prevenção e promoção da saúde é uma forma de reduzir custos com urgências, explicou Eurico Medeiros Junior, diretor do Depto, de Saúde. "É preciso aprimorar as politicas públicas na saúde do trabalhador", destacou.

Participaram também do evento, o vice-prefeito Rômulo Camellini; o médico responsável pela Saúde do Trabalhador do Cerest de Bebedouro e vereador, Tiago Bosco Souza Elias; o presidente do Sindicato Municipal dos Servidores Públicos de Bebedouro, Dorival Rosa Basilio; a presidente do conselho, Silvia Silvestre; das Vigilâncias Epidemiológicas da XIV Barretos , Joel Arantes de Souza, Marta Aparecida de Oliveira e Eliana Rosa Ribeiro do DRSS de Barretos.

 

SAÚDE

Tratamento indolor contra câncer chega ao Brasil

 

Utilizado há décadas na Europa e Ásia, o tratamento complementar com Oncothermia é eficaz contra tumores e metástases, não é invasivo e sem efeitos colaterais


Disponível agora em Brasília a Oncothermia, tratamento complementar eficaz de alta tecnologia, contra o câncer e inédito no Brasil. Totalmente indolor, livre de efeitos colaterais e não invasivo, apresenta resultados satisfatórios até nos casos mais avançados da doença. Utilizado desde 1989 na Europa e na Ásia, o método acelera o metabolismo na região do tumor induzindo à morte apenas as células doentes, sem afetar as células saudáveis.

O tratamento é indicado para tratar câncer de nódulos sólidos, tumores inacessíveis cirurgicamente, além de casos que não responderam satisfatoriamente às terapias convencionais. Pode ser realizado juntamente com os tratamentos convencionais contra o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia. Nos casos de associação entre tratamentos, a oncothermia já demonstrou sua eficácia, uma vez que potencializa o efeito dos outros métodos.

O nutrólogo e geriatra, Dr. Francisco Humberto de Freitas Azevedo, foi quem viabilizou a utilização da metodologia no Brasil. “Os benefícios trazidos pela ONCOTHERMIA são reais e muito expressivos, já restituíram a saúde de muitos pacientes, alguns até já desenganados e sem alternativas. O tratamento é suave, mas muito efetivo. Logo nas primeiras sessões, as dores diminuem e o paciente melhora visivelmente”.

O protocolo básico de oncothermia é composto de 24 sessões em dias alternados, e leva em média dois meses. As sessões são tranquilas, o paciente simplesmente deita-se confortavelmente em um colchão d`água e recebe o tratamento. Enquanto isso, pode dormir, ler, assistir televisão ou conversar. Estas características surpreendem os pacientes que estão acostumados com tratamentos dolorosos que geram severos efeitos colaterais e sequelas.

No Instituto de Medicina Biológica, em Brasília, muitos pacientes já se submeteram aos protocolos da oncothermia, grande parte deles alcançando melhoras significativas e aumento de sobrevida e até recuperação. Um dos casos de sucesso foi José Mírio Teixeira da Silva, que apresentava, em maior de 2012, mais de 80% do fígado tomado por um tumor, o que impossibilitava uma cirurgia para retirada de um nódulo de cerca de 12 cm. Após quatro sessões de quimioterapia, o paciente foi desenganado, pois não apresentava melhoras. Em setembro do mesmo ano, decidiu em uma última tentativa fazer o tratamento com oncothermia.

No início, conta ele, chegava para as sessões com muita dor. Mas logo pôde notar o resultado: após a aplicação se sentia bem, mais disposto e sem dores.“Não existe nem comparação entre a quimioterapia e a oncothermia. Enquanto saía devastado da quimio, com o tratamento complementar acontecia exatamente o contrário. Inúmeras vezes cheguei a cochilar enquanto fazia o tratamento, tamanho o bem estar que o processo todo proporciona. O incômodo é zero, e os resultados surpreendentes”, afirma o paciente.

Após algumas sessões de oncothermia, as tomografias já mostraram que o tumor havia se estabilizado. Ao término de 24 sessões, o mesmo exame indicou diminuição da área do fígado afetada pela doença. A lesão que era de cerca de 11 cm sofreu redução para 9 cm e, posteriormente, ficou do tamanho de um botão. Tornou-se um pequeno cisto necrosado, que pode ser retirado em cirurgia simples, sem grandes riscos ao paciente, e sem urgência. O paciente tem ainda a opção de continuar com ele, caso não queira se submeter a uma cirurgia.

De acordo com o médico, com a evolução do tratamento observa-se a redução e, com muita frequência, o desaparecimento do tumor e das metástases.“A oncothermia pode ainda gerar a calcificação ou a necrose do tecido, o que minimiza enormemente os riscos de uma cirurgia. Esta é a melhor alternativa para os casos inoperáveis e para aqueles em que a quimioterapia e a radioterapia não conseguiram resultados satisfatórios”.

Anualmente acontecem congressos na Europa, dos quais participam pesquisadores e médicos especializados que se dedicam ao enfrentamento das doenças tumorais. Somam-se mais de mil casos tratados por ano com a técnica, e existem inúmeros registros publicados, muitos deles disponíveis, inclusive, na internet.

 

Outras informações:
Instituto de Medicina Biológica
STN Bl. N Ed. Jaime Leal sala 334
Brasília – DF
(61) 3361-0790
www.institutomedicinabiologica.com.br

 

Especialistas alertam sobre risco do uso de analgésicos para aliviar dor nas costas


por Pedro Peduzzi, da Agência Brasil
 

sa32 300x226 Especialistas alertam sobre risco do uso de analgésicos para aliviar dor nas costasBrasília – Usar relaxantes musculares ou analgésicos para aliviar aquela dorzinha que de vez em quando aparece nas costas é uma estratégia desaconselhável e pode resultar em dano maior à coluna vertebral. Para informar as pessoas sobre as principais medidas de prevenção e os riscos que algumas atividades podem trazer à coluna, diversos fisioterapeutas, especialistas em tratamentos para a coluna, lançaram, em 30 cidades, a Campanha Nacional Alerta para Prevenção de Dores nas Costas.

Em Brasília, fisioterapeutas foram ao Parque da Cidade para alertar os frequentadores do local. “Nosso foco é a prevenção desses problemas e chamar a atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce, além de contribuir para que as pessoas tomem a decisão de melhorar a postura para proteger a coluna”, disse à Agência Brasil a diretora do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC), Ângela Lepesqueur.

Segundo a fisioterapeuta, as pessoas precisam ficar atentas a quaisquer dores irradiadas (aquelas que percorrem um caminho ao longo do corpo, em geral associadas aos nervos comprometidos), formigamentos e dormência em membros, falta de força, dores espontâneas que surgem sem motivo aparente, além de contraturas musculares nas regiões lombar e cervical e dores locais ou decorrentes de posturas mantidas.

“O maior problema é quando a pessoa resolve o incômodo tomando analgésicos, porque deixa de investigar a causa e, com isso, o problema fica maior”, ressalta Ângela.

Foi o que aconteceu com o lanterneiro (funileiro) Revanildo Rodrigues, 38, morador da Estrutural. “Eles me alertaram que é importante eu estar sempre atento à minha postura e que tenho de reeducar meu corpo”, disse. O trabalho de Revanildo requer muito esforço físico, e a dor o acompanha há mais de oito anos.

“Minha região lombar dói a toda hora, todo dia e a todo minuto, mas nunca fiz nenhum tipo de tratamento. Soube que ia ter essa campanha aqui no parque e resolvi vir. Eu não associava essas dores à minha postura. Tomava então relaxantes musculares e achava que estava pronto para o dia seguinte”, disse o lanterneiro.

O problema de saúde então começou a se transformar em problema financeiro. “Era comum eu ficar dois ou três dias sem trabalhar. Como sou autônomo, ganho pelo serviço. As repetições [das crises de dor] acabaram comprometendo entre 30% e 40% dos meus ganhos mensais”.

A conversa com os fisioterapeutas ajudou Revanildo a se convencer de que precisa consultar especialistas no problema. “Na segunda-feira vou ao fisioterapeuta ver qual é o exercício ideal para ajudar a reeducar minha postura. Do jeito que está, não tem como. E a tendência é piorar”, concluiu.

Outras pessoas precisam de tratamento para lidar com problemas congênitos. “Nasci com uma vértebra a mais do que o normal”, explica a farmacêutica Débora Souza, 46, moradora do bairro Sudoeste. “Isso resulta em uma compressão da vértebra sobre as outras, o que me causa dores desde os 30 anos”, acrescentou.

Por causa do problema, Débora teve de abandonar diversas atividades físicas que tinha como hobby. “Eu gostava de trekking [caminhada em trilhas], bicicleta, vôlei. Tive de abandonar tudo por causa da dor. Para piorar, fiquei traumatizada com o ortopedista que me orientou a fazer musculação e pilates. Como a orientação da academia não era específica para o meu problema, acabei forçando [de forma inadequada] a minha coluna. O resultado foi que as dores aumentaram ainda mais”, disse a farmacêutica.

“Um médico chegou ao cúmulo de recomendar que eu fosse a um psiquiatra por achar que a origem do problema era de fundo psicológico”, acrescentou. A solução foi apresentada por um fisioterapeuta: duas sessões semanais de fisioterapia e pilates leve e direcionado ao problema. Com o tempo, a musculatura fortaleceu e hoje a farmacêutica já pode fazer exercícios de maior intensidade.

Depois de descobrir que tinha três hérnias de disco na coluna lombar e de sentir muita dor, a engenheira mecânica Juliana Mol, 35, moradora do Sudoeste, ouviu de seu médico a recomendação de que fizesse hidroterapia. Infelizmente, as dores continuaram. O médico sugeriu, então, que ela fizesse uma cirurgia.

“O problema é que ele não garantiu que a cirurgia aliviaria minha dor. Em meio a essa incerteza, optei por um tratamento conservador. Foram cinco meses de fisioterapia para introduzir os exercícios ideais. Sentia que a dor ia e voltava, e, gradativamente, a dor virou desconforto para, depois, desaparecer”, disse a engenheira, que faz fisioterapia há dois anos.

Professor de educação física, Andrett adverte: exercícios sem orientação profissional podem resultar em danos à saúde. Nesse sentido, o acesso a equipamentos públicos de musculação representa um risco maior aos praticantes. “A gente sabe que muitos não têm acesso a profissionais para orientar as atividades físicas. O que indicamos para esses casos é que eles pratiquem a atividade de forma mais moderada e com maior amplitude [maior número de repetições do exercício, mas com uma carga mais leve], sempre lembrando que a dor é o limite de qualquer movimento”.

* Edição: Graça Adjuto

** Publicado originalmente no site Agência Brasil

 

10 alimentos que combatem a ansiedade

Por Redação do EcoD
 

sa8 10 alimentos que combatem a ansiedade

A ansiedade vai de graus leves até os mais severos. Foto: decapital

 

em nossas vidas do que imaginamos. Ela vai do grau mais leve até os casos mais graves, os quais necessitam de tratamentos severos com a presença de psicoterapia e medicação. Os sintomas vão desde àquelas vontades incontroláveis de atacar a geladeira até as crises que envolvem nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, palpitações, tonturas, medos e insônia.

O médico psiquiatra Marcelo Caixeta aponta que as pessoas incriminam o estresse da vida moderna como o grande vilão para doenças como a ansiedade, mas problemas nas substâncias químicas cerebrais conhecidas como neurotransmissores, que são formados também pela alimentação e influências físicas, são decisivos no processo do desenvolvimento da patologia.

“É inegável o aumento moderno do número de casos de transtornos afetivos. Mas, hoje em dia, consumimos coisas que há 100 ou 500 anos atrás, nunca tivemos acesso, e, pelo contrário, não consumimos coisas que há pouco tempo consumíamos. Tudo isto leva à enormes distorções em nossa neuroquímica cerebral”, explicou Caixeta ao portal Diário da Manhã.

Para evitar esses efeitos negativos nas emoções, nada melhor que conhecer alimentos que auxiliam no processo do combate à ansiedade. O EcoD listou 10 opções, conheça:

saude 300x199 10 alimentos que combatem a ansiedade

Foto: Mundo da Gabi (www.mundodagabi.com.br)

1. Banana

O Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas realizou uma pesquisa a qual afirma que a fruta auxilia no combate da depressão e alivia os sintomas da ansiedade, devido ao alto teor de triptofano, que colabora com a produção de serotonina.

2. Frutas Cítricas

A vitamina C, presente nas frutas cítricas, reduz a secreção de cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e a ansiedade. Elas promovem o bom funcionamento do sistema nervoso e aumentam a sensação de bem-estar.

3. Ovos, leite e derivados magros

Eles são excelentes fontes de triptofano, um tipo de aminoácido que alivia os sintomas de ansiedade. De acordo com a nutricionista Rosana Farah, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. Uma vez no cérebro, o triptofano aumenta a produção de serotonina, o hormônio da felicidade. Rosana indica o consumo diário de duas a três porções deste tipo de alimento.

4. Carboidratos

Proveniente dos cereais e integrais, os carboidratos elevam o nível de açúcar no sangue, ao fornecerem energia, disposição e bem-estar. Pães, arroz, aveia, feijão, massas, batata e uvas fazem parte deste grupo alimentar.

5. Carnes e Peixes

Segundo a nutricionista, eles são as melhores fontes naturais de triptofano, aminoácido que em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio produzem serotonina, importante também no processo do sono.

Além disso, as carnes e peixes contêm outro aminoácido chamado taurina, substância que aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor chamado Gaba, que o organismo usa para controlar fisiologicamente a ansiedade.

6. Espinafre

O espinafre contém folato (ácido fólico), uma potente vitamina antidepressiva natural. Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, o cérebro consome muita energia para funcionar e isso resulta na sobra de resíduos químicos oxidantes. É neste momento que alimentos como o espinafre começam a trabalhar para eliminar as substâncias em excesso.

7. Maçã

As maçãs são ricas em fibras de carboidratos, vitaminas A, B1, B2, B6, C, minerais, zinco, magnésio e selênio. Além de combater a ansiedade, relaxa.

8. Mel

O mel auxilia o organismo a produzir uma maior quantidade de serotonina, neurotransmissor que está intimamente ligado às mudanças de humor.

9. Jabuticaba

A fruta, que também é rica em carboidratos, fornecendo energia para o reânico físico, possui vitaminas do complexo B, que agem como antidepressivos. A jabuticaba também contém ferro (que combate a anemia) e vitamina C (que aumenta as defesas do organismo).

10. Chocolate

A nutricionista explica que o chocolate “é rico em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e que melhora o humor, reduzindo a sensação de ansiedade”. São recomendados ceroca de 30 gramas de chocolate por dia, de preferência amargo, bem menos calórico e mais rico em flavonoides.

* Publicado originalmente no site EcoD.

 

Estudo aponta que fast food aumenta casos de asma, eczema e rinoconjuntivite em criançassa71 Estudo aponta que fast food aumenta casos de asma, eczema e rinoconjuntivite em crianças


por Redação do EcoD
 

O estudo foi realizado em um ano. Foto: A_minor

 

Crianças, que costumam se alimentar em fast foods, três vezes por semana, têm mais chances de contrair doenças como asma, eczema (inflamação na pele) e rinoconjuntivite (uma mistura de rinite com conjuntivite que resulta da inflamação da mucosa do nariz e dos olhos). A explicação é que a comida fornecida neste tipo de estabelecimento possui doses altas de ácidos gordos transaturados (gordura trans), conhecidos por afetar a imunidade.

Os pesquisadores analisaram, durante um ano, dados de 500 mil crianças de 50 países diferentes. O estudo, que foi publicado na revista especializada Thorax, sugeriu a ingestão de frutas para rebater os malefícios causados por alimentação em fast food. As futas são ricas em antioxidantes, o consumo de três ou mais porções por semana reduz o risco das doenças citadas em 11% a 14%.

“As evidências sugerem que as vitaminas e antioxidantes encontrados em frutas e legumes frescos têm um efeito benéfico sobre a asma. Portanto, aconselhamos as pessoas com asma a manter uma dieta saudável e equilibrada, incluindo cinco porções de frutas ou legumes todos os dias, peixes mais de duas vezes por semana, e leguminosas mais de uma vez por semana”, explicou à BBC Brasil, um dos autores do estudo, Malayka Rahman.

Entrevistados de 13 e 14 anos, que comiam em fast foods três ou mais vezes por semana tinham 39% mais riscos de sofrer de asma severa. E crianças entre 6 e 7 anos tinham 27% a mais de chances, detectou a pesquisa.

“Os resultados têm grande importância para a saúde pública devido o aumento do consumo de alimentos rápidos globalmente”, destacou o estudo.

* Leia mais sobre o estudo (em inglês).

** Publicado originalmente no site EcoD.

 

Pesquisa avalia suplemento mineral para combate à anemia

04/01/2013

Por José Tadeu Arantes

Agência FAPESP – No prazo de cinco anos, um suplemento mineral, produzido a partir de matérias-primas de alta disponibilidade e baixo custo, poderá contribuir para que sejam supridas as necessidades de ferro de quem carece desse nutriente.

O potencial do novo produto é uma das aplicações possíveis de um projeto de pesquisa recém-concluído por Maria Teresa Bertoldo Pacheco e sua equipe, do Centro de Química de Alimentos e Nutrição Aplicada do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), com apoio da FAPESP.

O conjunto dos potenciais beneficiários é extremamente vasto. No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 21% das crianças com até 5 anos, 43% das gestantes e 23% das mulheres em idade fértil (que sofrem depleção periódica do nutriente devido à menstruação) possuem algum grau de deficiência em ferro.

“Testamos duas matérias-primas abundantes e baratas: o soro de leite e as leveduras de cana-de-açúcar (Saccharomyces cerevisae). As proteínas de uma e de outra fonte foram hidrolisadas, isto é, ‘clivadas’ ou ‘cortadas’, com diferentes enzimas”, disse Pacheco.

“Os peptídeos (fragmentos de proteínas) resultantes passaram por ultrafiltragem para a obtenção de frações com massas menores do que 5KDa (cinco quilodaltons). Essas foram utilizadas na reação de quelação com o ferro, na forma de sulfato ferroso (FeSO4)”, explicou.

A quelação consiste em ligar o íon ferro a mais de um radical do peptídeo. “Os peptídeos com capacidade quelante foram isolados e enviados ao Centro de Investigación de Alimentos, em Madri, para o sequenciamento dos aminoácidos presentes”, disse.

A pesquisadora contou que, para o produto resultante ser ideal como suplemento alimentar, a quelação ao ferro deve ser forte, mas não demais. “Deve ser forte o suficiente, para garantir a estabilidade do composto durante sua passagem pelo trato digestivo, caracterizado pelo pH ácido do estômago; mas não tão forte, de modo que a molécula seja capaz de liberar o ferro ao chegar aos enterócitos da membrana intestinal, possibilitando sua absorção”, disse.

Novos estudos

A força das ligações é um fator decisivo, por ser ela que determina a biodisponibilidade do mineral. Por apresentarem baixa biodisponibilidade, muitos alimentos ricos em ferro acabam sendo de pouca utilidade para o ser humano.

Não basta que haja ferro, é preciso que o organismo consiga absorvê-lo. “De modo geral, a absorção é muito pequena, pois, devido ao potencial oxidativo e tóxico do ferro, o organismo possui mecanismos naturais de defesa, para limitar sua assimilação”, disse Pacheco.

Segundo a pesquisadora do Ital, os resultados obtidos com as proteínas hidrolisadas do soro de leite foram muito favoráveis. Já os hidrolisados de proteína de levedura apresentaram menor capacidade de quelação ao ferro (destes, aquele cuja hidrólise foi obtida por meio da enzima viscozyme exibiu maior biodisponibilidade do ferro ligado).

“Isso se deve provavelmente ao fato de essas proteínas serem materiais de menor pureza, contaminados com polissacarídeos provenientes da parede celular”, disse.

Constatado o potencial do soro de leite, o próximo passo é testar a biodisponibilidade do material com células conhecidas como CACO 2, que simulam o comportamento fisiológico e metabólico da borda intestinal humana, e, em seguida, com modelos animais.

“Se chegarmos a um peptídeo com alta biodisponibilidade, poderemos até sintetizá-lo a partir dos aminoácidos componentes”, afirmou Pacheco.

 

Tratamento de câncer e outras doenças ganha impulso com a nanotecnologia

17/12/2012

Por Samuel Antenor

Agência FAPESP – A nanotecnologia, utilizada na medicina para diferentes tratamentos de saúde, tem se tornado indicada para o combate a doenças que vão do câncer de pele ao mal de Parkinson e de Alzheimer, graças ao desenvolvimento de novas técnicas para sua aplicação.

Uma série de pesquisas realizadas pelo Grupo de Fotobiologia e Fotomedicina do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, tem resultado em diferentes possibilidades de tratamento, viáveis técnica e economicamente.

Várias dessas inovações, que utilizam nanomedicamentos em conjunto com a aplicação de luz sobre os tumores, foram apresentadas por Antonio Claudio Tedesco, coordenador das pesquisas, durante o evento “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP.

O simpósio integra as comemorações dos 50 anos da FAPESP e reuniu, de 10 a 14 de dezembro, nas cidades de Salamanca e Madri, pesquisadores do Estado de São Paulo e de diferentes instituições de ensino e pesquisa do país ibérico.

Nas pesquisas apresentadas por Tedesco, destacam-se as que utilizam partículas metálicas nanoestruturadas para a melhoria de diagnósticos feitos por imagens, além da construção de próteses de alta eficiência, parte delas envolvendo células-tronco voltadas para a aplicação na engenharia tecidual, para regeneração de vasos sanguíneos, por exemplo.

“A nanotecnologia, com o desenvolvimento de novos sistemas de veiculação de fármacos, tem permitido que moléculas antes usadas para o tratamento de determinados tipos de patologias possam ser redesenhadas e utilizadas com novas funções”, disse à Agência FAPESP o pesquisador que coordena um Projeto Temático sobre o tema apoiado pela FAPESP.

De acordo com Tedesco, a combinação de fotoprocessos utilizando nanotecnologia à administração de fármacos, de maneira intravenosa ou tópica, é realidade para tratamentos de cânceres de pele, que em 80% dos casos não são melanômicos, ou seja, podem ser tratados por essa terapia. O mesmo tipo de tratamento, no entanto, não se aplica ao melanoma que, por ser uma lesão pigmentada (de cor escura), absorve todos os comprimentos de onda luminosa visível.

“Normalmente, com uma única aplicação, em 98% dos casos a doença desaparece, sem cirurgia e dispensando tratamentos como radioterapia ou cirurgia. O custo desse tratamento é muito baixo, equivalente a R$ 70 a cada três aplicações, o que o torna uma opção viável para ser aplicado nesse tipo de neoplasia”, disse Tedesco.

O material desenvolvido pelo laboratório na USP de Ribeirão Preto está patenteado desde 2002 e abrange, além da molécula, também seu processo de aplicação.

“Desenvolvemos um fármaco clássico nanoestruturado, o ácido aminolivulínico e seus derivados, ambos aprovados pelo FDA [Food and Drug Administration], órgão responsável por sua aprovação nos Estados Unidos. Esse mesmo tipo também é aprovado e utilizado na Europa e Japão”, disse.

Atualmente, já existem fármacos de segunda e terceira geração para esse tipo de aplicação aguardando o uso em fase clínica.

Histórico abrangente

Na área de oncologia, as pesquisas do Centro de Nanotecnologia e Engenharia Tecidual da USP surgiram especificamente com a utilização de fotoprocessos, aliados à nanotecnologia como forma de veicular essas moléculas e provocar sua interação com as células neoplásicas de forma sítio-específica, ou seja, com ação direta sobre o tumor.

“No caso de neoplasias, usamos pigmentos [moléculas naturais ou sintéticas] ativados pela luz visível, que se distribuem por todas as células, garantindo que as células cancerosas possam ter um acúmulo maior dessa molécula, que é o objeto desse tipo de fotoativação. Com a nanotecnologia, a tecnologia farmacêutica passou a contar com vários sistemas que permitem aumentar a especificidade da partícula que carrega o fármaco para a célula neoplásica”, disse Tedesco.

De acordo com o pesquisador, um percentual de células sadias acaba marcado durante o processo, que só funciona terapeuticamente quando há conjunção com a fotoativação luminosa.

“A luz é aplicada após o tempo de biodistribuição do fármaco na lesão, que varia para cada tipo de tumor e molécula usada e desencadeia a ação da molécula, produzindo uma grande quantidade de radicais livres num curto espaço de tempo”, disse.

Esse choque de radicais livres é o que leva, segundo apontam as pesquisas, a uma resposta biológica, que ocorre na chamada fase escura, após a iluminação, que acontece em um tempo muito curto.

Com as novas gerações de moléculas, que se instalam mais rapidamente na lesão, o tempo necessário para a ação do tratamento também está diminuindo. De fato, trata-se de uma série de eventos bioquímicos, fotoquímicos e fotobiológicos que leva, em última instância, à destruição da massa tumoral.

O processo envolve a aplicação da medicação seguida da aplicação de luz exatamente sobre o tumor, para a fotoativação do medicamento. Segundo Tedesco, a técnica é segura, porque mesmo se um tecido saudável absorver parte da molécula veiculada não haverá qualquer alteração, pois a molécula, sem a posterior aplicação de luz, acaba biodegradada.

Em oncologia, a nanotecnologia abriu uma nova frente de veiculação de fármacos, embora, para Tedesco, o uso sistêmico da nanotecnologia aliada a fotoprocessos ainda esteja em fase inicial em novas áreas.

“Estamos iniciando os estudos para aplicações desse procedimento em órgãos como bexiga, próstata e útero, ou seja, em órgãos que permitem a iluminação por cavidade”, disse.

Possibilidades de tratamento

Em sua exposição em Salamanca, outros focos de pesquisa também foram apresentados por Tedesco, como o estudo das doenças do sistema nervoso central, no qual o grupo da USP em Ribeirão Preto está atualmente focado.

“Desenvolvemos um sistema proteico polimérico para veiculação que permeia a barreira hematoencefálica, o que abre novas possibilidades, pois essa barreira é extremamente seletiva. Com esse sistema, há um reconhecimento da proteína e a barreira se abre, permitindo que o fármaco incorporado penetre no cérebro”, disse.

O conhecimento sobre nanotecnologia e fotoativação em oncologia está agora sendo direcionado pelo grupo de pesquisas ao estudo de outras doenças, como Alzheimer e Parkinson.

“Neste momento, buscamos desenvolver novos desenhos nanométricos para fármacos clássicos para o tratamento do mal de Parkinson, em conjunto com a Santa Casa de São Paulo e a Universidade de Brasília, e para o tratamento da epilepsia, em conjunto com a Universidade Federal de São Paulo”, contou Tedesco.

A técnica também está sendo usada para a regeneração de vasos sanguíneos, pois áreas que desenvolvem tumores fazem com que os vasos ao seu redor tornem-se mais porosos.

“Em casos de angiogênese, quando o vaso cresce em direção ao tumor, precisamos desenvolver sistemas nanoestruturados antiangiogênicos para o restauro do vaso. Essas alterações, que debilitam os vasos pelo crescimento do tumor, fazem com que o medicamento usado nos tratamentos por quimioterapia ou fototerapia seja extravasado e não chegue à massa tumoral, daí a necessidade de regeneração dos mesmos”, disse Tedesco.

Além de impedir o crescimento de vasos em direção ao tumor, a técnica permite restaurar os vasos porosos, fazendo com que o medicamento quimioterápico chegue ao tumor com exatidão, além de possibilitar sua remoção cirúrgica de forma mais segura.

“A nanotecnologia funciona na veiculação dos fatores antiangiogênicos (peptídeos e proteínas), que são a mesma classe de moléculas que aportamos no desenvolvimento de sistemas de veiculação de fármacos usados no tratamento de doenças do sistema nervoso central, ou seja, tudo está relativamente interrelacionado”, explicou.

A novidade está na parte da engenharia tecidual. “A partir do momento em que conseguimos entender como a luz visível, em combinação com o fármaco veiculado de forma nanoestruturada, modula a resposta tecidual, podemos fazer com que aquele tecido apresente um processo de cicatrização mais rápido, ou que uma pele implantada em um paciente que sofreu queimadura passe a ter uma integração mais rápida com o tecido que a recebe, que é essa nova linha de fotobiomodulação”, disse Tedesco.

Desse modo, o mesmo fármaco, em doses menores e com diferentes tempos de aplicação da luz, levaria à regeneração do tecido, ou seja, pode-se acelerar o fechamento cicatricial utilizando o mesmo tratamento utilizado para o câncer.

“Estamos entendendo como funciona a fotobiomodulação, porque é um modelo extremamente complexo”, disse Tedesco.

Apesar das novas aplicações, a base da pesquisa continua a mesma: a nanotecnologia aliada ao uso da luz visível e do fármaco fotossensível, em busca de respostas moduladas. Nessa linha de trabalho, a mais recente incursão do grupo de Tedesco é a pesquisa que envolve células-tronco, na qual se busca modular processos de diferenciação celular.

“A nanotecnologia e o fotoprocesso estão se tornando ferramentas para ampliar as possibilidades de tratamento. A ideia agora é discutir cooperações internacionais para avançarmos nessas pesquisas e suas aplicações”, disse Tedesco.

 

 

Diabéticos devem dobrar a atenção durante as ceias de final de anosa31 Diabéticos devem dobrar a atenção durante as ceias de final de ano

por Redação do O que eu tenho
 

Com as festas chegando a comilança tradicional vai ficando mais perto de acontecer. Se algumas pessoas já começam a se preocupar com isso vai impactar sua dieta – para perder ou manter o peso – imagine como as pessoas com diabetes não devem ficar ansiosas.

A diabetes é uma condição que atinge em torno de 10 milhões de pessoas no Brasil – parte delas sem saber que está desenvolvendo a condição – e é uma disfunção metabólica bastante conhecida, cujo principal problema está em fazer com que as pessoas com a condição tenham dificuldade de metabolizar a glicose, a principal fonte de energia do corpo assimilada através dos alimentos.

Na hora de comer, portanto, os diabéticos têm que ter atenção redobrada quanto à qualidade, quantidade e horários da alimentação.

“Mesmo durante essas datas festivas que se aproximam, pessoas com diabetes precisam ficar atentos para não modificar o padrão alimentar correto, que é de 3 em 3 horas. Não ficar esperando pelo horário da ceia e mesmo ser ‘estraga prazer’ e jantar antes de todo mundo não é algo para se envergonhar. A condição exige essa regularidade na alimentação”, explica Cláudia Itosu, nutricionista do Hospital Santa Virgínia, em São Paulo.

Frutas: nem todas

Outra dica importante salientada por Olga é a opção por ingerir bastante frutas nessas festividades, passando longe de nozes e amêndoas – que são ricas em gorduras e calorias, coisas que os diabéticos também precisam evitar.

“Mas não são todas as frutas que devem ser ingeridas sem preocupação. As frutas são ricas em um tipo de açúcar, a frutose, e algumas delas têm grande quantidade disso em sua composição. Um exemplo são as uvas. Uma porção de uvas deve conter no máximo meio cacho ou o equivalente a uma porção do tamanho da palma da mão”, diz Olga.

As frutas em calda, então, devem ficar longe dos diabéticos. “Mesmo pratos tradicionais, que têm esse tipo de fruta na receita, devem ser evitados”, explica.

Bebidas e alimentos gordurosos

Não é preciso nem dizer que as bebidas alcoólicas não devem chegar nem perto dos diabéticos. “Mesmo que o índice glicêmico esteja sob controle e a pessoa ache que é uma data especial que mereça comemoração, as bebidas alcoólicas podem causar problemas como interações medicamentosas, ou seja, interagir com os remédios que alguns diabéticos precisam tomar regularmente e causar reações adversas, o que pode levar a hospitalizações. Essa não é a melhor forma de terminar uma noite comemorativa, então é melhor evitar”, alerta a especialista.

Para os diabéticos a dica é suco de frutas natural e até mesmo com a diluição em água. “A diluição facilita que o consumo dos açúcares seja em ritmo menor e pode ajudar a evitar picos de glicemia, por exemplo”, diz.

Quanto às carnes, a opção deve ser por aquelas com pouca gordura. Aves são uma ótima opção, mas algumas pessoas podem ficar com dúvidas devido às diversas superstições populares no Brasil. “Se a pessoa for muito supersticiosa, uma outra ótima opção são os peixes – que trazem boa sorte segundo as tradições orientais – e também têm diversos outros benefícios para a saúde”, aponta Olga.

O melhor de tudo isso, os peixes vão muito bem com o azeite de oliva, o melhor tipo de gordura que pode ser consumido com as refeições a chamada gordura insaturada. “Mas somente sobre os pratos. O preparo de pratos com azeite guarda uma pequena armadilha: quanto usado em frituras o azeite se torna uma gordura saturada, ou seja, passa a fazer mal para o organismo”, afirma.

Olga lembra ainda que as pessoas com diabetes têm riscos muito maiores de terem os níveis de colesterol e trigliceres acima do normalmente recomendado. Controlar essas gorduras, portanto é fundamental.

E no final de tudo essa fartura, lembra Olga, é importante investir em fibras e ingestão de líquidos. “As fibras auxiliam a diminuir os níveis glicêmicos, facilitando o trânsito intestinal também. E a ingestão de líquidos é importante para que essas fibras ajam melhor e também para hidratar o corpo após uma noite de possíveis excessos, especialmente quanto ao sódio ingerido”, finaliza.

* Publicado originalmente no site O que eu tenho.

 

 

Brasil ingressa em nova era de coprodução de remédios contra aids


por Fabiana Frayssinet, da IPS
 

remedio Brasil ingressa em nova era de coprodução de remédios contra aidsRio de Janeiro, Brasil, 7/12/2012 – O Brasil estreará no próximo ano um novo tipo de associação com privados para produzir remédios utilizados no tratamento contra a aids, por meio da transferência de tecnologia quando a patente ainda estiver em vigor. Esta nova fase, que o Ministério da Saúde chama de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), se concretizará por meio de um acordo com o laboratório multinacional Bristol-Myers Squibb para produzir sulfato de atazanavir.

Este medicamento será produzido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e distribuído na rede de saúde pública do país como parte do “coquetel de antirretrovirais” utilizado por cerca de 45 mil pacientes, 20% das pessoas que recebem medicamentos gratuitamente. “É um processo simbólico importante”, disse à IPS o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatite (DST), Dirceu Greco, ao se referir ao acordo com o laboratório com sede central em Nova York, que permitirá ao Brasil economizar cerca de US$ 200 milhões nos cinco anos de sua duração.

“O programa do Ministério da Saúde é parte de um plano nacional para reduzir o déficit da balança comercial na área de medicamentos para o país”, disse Gaetano Crupi, presidente da filial brasileira do Bristol-Myers Squibb, em entrevista à IPS. “Hoje, o atazanavir é 100% importado”, acrescentou. “O governo de Dilma Rousseff está se preparando, primeiro para reduzir o déficit de sua balança comercial, e também para que haja uma economia de longo prazo com a produção nacional”, destacou.

É a primeira vez que o Brasil faz uma associação com privados para elaborar um medicamento ainda protegido por patente (direito de criação) e que tem importância na resposta nacional ao tratamento contra a aids, detalhou Crupi. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha”, afirmou, no lançamento do fármaco, que “o importante nesta associação é permitir maior grau de soberania na produção de um medicamento, já que a tecnologia será internalizada em nosso país e haverá economia, pois o remédio será oferecido ao governo a um preço reduzido”.

Desde 1996, o Brasil garante acesso universal a todos os medicamentos necessários para combater o vírus da deficiência imunológica humana (HIV), causador da aids, e a exames de controle, dos quais se beneficiam atualmente 217 mil pessoas. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento antirretroviral a 97% dos pacientes diagnosticados com aids.

Pedro Chequer, representante do Brasil no Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids, considera um avanço “este país manter com seus próprios recursos, e em grande parte com sua própria produção de remédios, sua política de acesso a fármacos contra essa doença”. O Ministério da Saúde distribui 20 antirretrovirais, que representam investimento de US$ 425 milhões por ano, oito dos quais são fruto da PDP. “Em meio à crise econômica, manter esta estratégia foi uma decisão política a favor da população”, destacou Greco.

O acordo para a produção de sulfato de atazanavir garante a transferência de tecnologia a um laboratório nacional, a fabricação e a distribuição durante cinco anos. A Farmanguinhos vai adquirir equipamentos para essa produção e receberá capacitação do laboratório transnacional. Esse medicamento, um antirretroviral da classe dos inibidores da protease que é uma importante droga para o tratamento de pacientes com aids, será distribuído a partir do próximo ano, embalado na Farmanguinhos.

O remédio será produzido com tecnologia nacional somente no começo de 2015. Até 2017 serão distribuídos 99 milhões de cápsulas na apresentação de 300 miligramas. “Será o décimo-primeiro medicamento contra a aids produzido no Brasil”, informou Greco. “O avanço principal foi ter a segurança de que com dinheiro público podemos fabricar e distribuir medicamentos, insumos fundamentais na luta contra a aids. Para mim, essa história de ter um Estado mínimo traz consequências graves para a saúde”, acrescentou.

O Brasil, por intermédio da Farmanguinhos, tem acordos de abastecimento de medicamentos com outros países em desenvolvimento, tanto da América Latina quanto da África, por meio que considera um dos principais braços de sua política externa: a cooperação Sul-Sul. Crupi destacou que, neste caso, até a finalização da patente do atazanavir, que perdurará até meados de 2017, o acordo vale para o Brasil. “Depois que a patente expirar, será uma decisão estratégica que o governo resolverá”. Envolverde/IPS

(IPS)
 

 

Hipertensão: técnica cirúrgica é opção para o controle da condição


por Enio Rodrigo, do O que eu tenho

A hipertensão ou pressão alta traz grandes problemas para o organismo. Fissuras e lesões em diversos órgãos, além do maior risco de AVC e problemas do coração estão entre as complicações associadas à doença. E pior: muitos pacientes sofrem com a chamada hipertensão refratária, que nem os remédios conseguem controlar.
“Aproximadamente 15% dos pacientes com hipertensão sofrem da variação chamada de ‘refratária’, que é quando não há o controle do problema mesmo usando diversos remédios conjuntamente. Alguns chegam a usar três ou mais tipos de medicamento para tentar controlar a condição”, explica Eduardo Saad, cardiologista do Serviço de Arritmias do Centro de Fibrilação Atrial do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro.

Para tratar esse problema uma equipe multidisciplinar brasileira está testando um novo procedimento já comum na Europa e amplamente utilizado nos hospitais da Alemanha. Ao invés de concentrar o tratamento com medicamentos, o novo processo interrompe os sinais que passam através da artéria renal e do nervo próximo a ela, que faz a comunicação entre os rins e o cérebro.

“As pesquisas mais recentes da área demonstraram que uma disfunção nesse nervo é um dos causadores da hipertensão. Essa nova técnica, chamada de ‘denervação renal’, conseguem reverter a versão refratária da hipertensão”, diz Saad.

Os pacientes, nesse caso, não deixam de tomar remédios para controlar a pressão, mas ficam mais sensíveis ao tratamento, deixando de lado a necessidade de uso combinado de vários fármacos, que na maioria das vezes não dão conta de deixar o paciente em segurança contra a hipertensão. Diminuindo o consumo dos remédios também diminui os riscos de outros problemas como interações medicamentosas, por exemplo.

Cirurgia simples

“A cirurgia é do tipo minimamente invasiva e usa-se um cateter – ou seja, é uma espécie de cateterismo – que é inserido através de uma artéria que passa pelos rins. Ao fazer a ablação da artéria renal o nervo também é afetado e aos poucos a hipertensão refratária passa a ser melhor controlada”, detalha Saad.

“Após 24 horas de observação o paciente já está em condições de ir para casa”, completa o especialista que apresentou seus resultados de pesquisa no Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas, que ocorreu semana passada em Curitiba (PR).

Os resultados são tão animadores – assim como demonstraram pesquisas em outros países – que a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (Sobrac) tem incentivado novas pesquisas e difusão da técnica em treinamentos na área de cardiologia.

Vale lembrar que 35% da população brasileira com mais de 40 anos sofre com a hipertensão, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Com base nesses números é possível que aproximadamente 2,5 milhões de brasileiros sofram com a versão refratária da doença.

“Estamos detalhando os protocolos de pesquisa, o que quer dizer que em pouco tempo os médicos e pacientes com a hipertensão refratária poderão contar com uma opção bastante efetiva e que pode diminuir o impacto na saúde causado pela pressão alta”, finaliza Saad.

* Publicado originalmente no site O que eu tenho.

 

 

Academia Nacional de Medicina tem novos membros

Antonio Egidio Nardi é empossado na cadeira 03 da Secção de Medicina. Dia 27 será a vez de Celso Ferreira Ramos Filho tomar posse na cadeira 20 (UFRJ/Cremerj)

Agência FAPESP – O psiquiatra Antonio Egidio Nardi tomou posse no dia 13 de novembro na cadeira 03 da Secção de Medicina da Academia Nacional de Medicina, cujo patrono é Agostinho Jose de Souza Lima e o último ocupante é o agora Emérito Eusthachio Portella Nunes Filho.

Nardi é professor titular de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde coordena o Laboratório de Pânico e Respiração.

Publicou mais de 380 artigos científicos em revistas internacionais de alto fator de impacto e é autor de vários livros e capítulos de livros. Entre suas linhas de pesquisa atuais está o transtorno de pânico com o objetivo de identificar alterações fisiológicas à exposição em ambiente de realidade virtual.

O novo acadêmico possui graduação em Medicina pela UFRJ (1984), mestrado (1989) e doutorado (1992) em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental, pela mesma universidade. Fez pós-doutorado no Laboratório de Fisiologia da Respiração do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, em 1997 e 1998. Obteve o título de Livre-Docente em Psiquiatria em 2004 pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

No dia 27 de novembro, será a vez de Celso Ferreira Ramos Filho tomar posse na cadeira 20, Secção de Medicina, cujo patrono é Francisco de Paula Cândido.

Ramos graduou-se pela UFRJ em 1971, tem pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior (Departamento de Educação da PUC-Rio), mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias (UFRJ) e especialização em Epidemiologia Clínica pela Universidade de Newcastle (Austrália).

É professor adjunto da UFRJ e da Faculdade Souza Marques. Foi docente da Faculdade de Ciências Médicas de Volta Redonda (1975-1978) e professor auxiliar da Escola de Medicina e Cirurgia, da UniRio (1975-1978).

Ramos é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e da Associação Médica Brasileira. É presidente das Sociedades de Infectologia do Rio de Janeiro, Brasileira de Infectologia, de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.

Mais informações: www.anm.org.br.

Acesso e inovação são destaques de fórum nacional sobre medicamentos


O IV Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil – Acesso e Inovação, movimenta o Senado Federal, em Brasília, no dia 29 de novembro. Um dos objetivos é ampliar debates e espaços para o entendimento e fortalecimento das políticas de medicamentos no país

O mercado farmacêutico - que registra expansão superior a dois dígitos desde 2005 - é um dos setores da economia brasileira que mais cresceu em 2011. Suas vendas somaram R$ 42,78 bilhões - 18% maior que o ano anterior, segundo dados da IMS Health. Além disso, o Brasil é o oitavo maior mercado de fármacos e medicamentos do mundo, com perspectiva de ocupar a sexta posição até 2015. Nesse sentido, contribuir para a transformação do país num importante polo produtor e criador de medicamentos, capaz de garantir assistência farmacêutica a todos vem a ser o principal objetivo do Instituto Brasileiro de Ação Responsável na realização da quarta edição do Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil.

O evento destaca, este ano, a importância da ampliação do acesso e da inovação e reúne, no auditório do Interlegis (Senado Federal), representantes do Congresso Nacional, gestores públicos e da iniciativa privada, representantes da sociedade civil e profissionais da área de saúde. A atividade integra a agenda do Programa Ação Responsável - Ciclo Saúde 2012, que tem por iniciativa facilitar a interlocução de temas de grande relevância para o país, prioritários da agenda do Governo Federal e constantes do PAC, do Programa Mais Saúde e do Plano Brasil Maior.

A participação dos interessados no evento é gratuita e as inscrições já estão abertas no portal do Programa - www.acaoresponsavel.org.br.
 
Serviço: IV Fórum Nacional sobre Medicamentos no Brasil: Acesso e Inovação
Data: 29 de novembro de 2012, das 9h às 14h
Local: Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães - Interlegis - Senado Federal
Realização: Instituto Brasileiro de Ação Responsável
Coordenação: Agência de Integração à Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social do Brasil - Íntegra Brasil, sob coordenação técnica MSc. Edilamar Teixeira.
Patrocínio: MSD, Cristália, Sanofi, Medley e Bayer
Apoio: Governo Federal, Interlegis, Agência íntegra Brasil e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
 
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES
Pelos telefones (61): 3368-6044 e 3274-3191
E-mail: seminarios@acaoresponsavel.org.br e ciclosaude@acaoresponsavel.org.br
www.acaoresponsavel.org.br e www.integrabrasil.com.br

 

 

Consumo abusivo de bebidas energéticas traz danos ao coração e sobe a pressão arterial


por Maria Vitória, da Agência Saúde

Trabalho, estudo, buscar filhos na escola, frequentar academias. No final de semana, churrasco em casas de amigos, festas, atividades de lazer. Para aguentar tantas atividades, milhares de pessoas consomem bebidas energéticas ou produtos naturais, como o guaraná em pó. Porém, se forem consumidos em excessos, podem trazer danos à saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a venda de bebidas energéticas no país desde 1998, depois de analisar a segurança desses produtos. Atualmente, as bebidas energéticas são dispensadas da obrigatoriedade de registro junto a Anvisa e regulamentadas como alimentos pela Resolução RDC 273/2005.

A nutricionista Leilane Fernandes, da Gerência de Alimentos da agência, afirma que as embalagens devem conter obrigatoriamente as seguintes advertências, em destaque e em negrito: “Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto” e “Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica”.

Ela esclarece que ainda há o suplemento de cafeína para atletas e o suplemento energético para atletas que são regulamentados pela Resolução RDC n. 18/2010. O suplemento de cafeína para atletas é o produto destinado a aumentar a resistência aeróbia em exercícios físicos de longa duração, enquanto suplemento energético para atletas é o produto destinado a complementar as necessidades energéticas em virtude do gasto calórico aumentado.

Em relação ao guaraná em pó, Leilane explica que o produto é classificado como novo alimento e não possui e não tem comprovação de efeitos energéticos. A quantidade de cafeína no guaraná em pó varia de acordo com a matéria-prima utilizada dependendo do estágio de maturação do fruto, condições de cultivo, processo de obtenção. A regulamentação sobre o tema não exige uma padronização dos componentes ativos desse produto, visto que não há necessidade de ter um limite mínimo para que se alegue algum efeito, nem limite máximo considerando que quantidades de cafeína naturalmente presentes no guaraná são consideradas seguras.

Por determinação de Anvisa, os rótulos das bebidas consideradas energéticas devem trazer orientações sobre o consumo e advertências para grupos específicos. Isto porque qualquer alimento usado em excesso pode trazer danos à saúde. O cardiologista Stephan Lachtermacher, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde, os energéticos são ricos em cafeína, que é um estimulante do sistema nervoso.

Segundo ele, as pessoas não costumam ler os rótulos e, se não tivesse qualquer tipo de perigo, não teriam advertências nas embalagens dos produtos. O risco maior está na dose, principalmente para quem tem sensibilidade à cafeína ou predisposição às arritmias ou faz parte do grupo citado nas embalagens (crianças, idosos, nutrizes, grávidas, com problemas de saúde). Ele alerta: “A cafeína pode estimular o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos”. Por isso, pacientes cardíacos, hipertensos e renais não devem usar estas substâncias.

O médico acrescenta que também é arriscado o consumo da bebida com álcool. “Essa associação pode aumentar os efeitos excitatórios e reduzir os depressores no sistema nervoso e também precipitar ou predispor arritmias cardíacas”, diz o cardiologista.

* Publicado originalmente no site Blog da Saúde.

Fonte: Envolverde/Jornalismo & Sustentabilidade

 

Abertas inscrições para Semana de Ciência, Cultura e Saúde

 

 

Já estão abertas e terminam no dia 26 de novembro as inscrições para a Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde. O evento, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do Ministério da Cultura, será realizado de 3 a 5 de dezembro no Rio de Janeiro.

A programação da semana inclui dois eventos presenciais – o I Encontro Nacional da Rede Saúde e Cultura e o VIII Simpósio de Ciência, Arte e Diversidade em Saúde – e um terceiro evento virtual, o I Conexão Internacional Saúde e (Ciber) Cultura, que será realizado no site da Rede Saúde e Cultura. Os encontros presenciais vão acontecer no Palácio Gustavo Capanema (Rua da Imprensa, 16, Centro), na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, no campus da Fiocruz; e no Instituto Municipal de Atenção à Saúde Nise da Silveira, no Engenho de Dentro.

O principal objetivo da semana é promover o intercâmbio de experiências e a construção coletiva de políticas públicas por profissionais das áreas de saúde, cultura, educação, meio ambiente, desenvolvimento científico e tecnológico, além de integrantes dos movimentos sociais.

Nove temas serão abordados nos encontros: Práticas tradicionais em saúde; Práticas integrativas e complementares em saúde; Equidade em saúde e cultura; Saúde indígena; Saúde mental ; Arte e cuidado à saúde (promoção, prevenção e restabelecimento); Controle social, participação e solidariedade; Acesso a conhecimentos e expressões culturais tradicionais; Necessidade de formação para apoiar a gestão os serviços e as práticas na interface saúde e cultura.

Para garantir vaga nos encontros é preciso realizar a inscrição pela internet.
Mais informações e inscrições no endereço: https://www.saudecultura.fiocruz.br/encontro

Proteína de planta nativa tem atividade antitumoral

 

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) estão desenvolvendo estudos com a pulchellina, uma proteína extraída das sementes da Abrus pulchellus, espécie de trepadeira nativa no País, encontrada no nordeste brasileiro e também na África. Os estudos in vitro mostraram que a pulchellina apresenta uma atividade tóxica celular, interferindo na síntese de proteínas. Outra particularidade é que ela leva à apoptose, que é a morte celular programada.

Essas características fazem dela uma candidata ao desenvolvimento, no futuro, de fármacos dirigidos ao tratamento de tumores, principalmente os superficiais (de pele). Os estudos estão sendo conduzidos pelo Grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas”, do IFSC, sob a coordenação da professora Ana Paula Ulian de Araújo, com participação da professora Leila Maria Beltramini, do IFSC, além de outros três pesquisadores, técnicos e alunos de pós-graduação.

A pulchellina é considerada uma proteína inativadora de ribossomos (locais de síntese de proteínas dentro das células) do tipo 2 (RIP tipo 2). “A ricina, encontrada na mamona, e a abrina, encontrada na Abrus precatorius, pertencem à mesma família e podem ser consideradas como outros exemplos mais conhecidos dessa família de RIPs tipo 2”, conta a professora Ana Paula.

A pesquisadora explica que os primeiros estudos começaram a ser realizados há cerca de dez anos, quando o pesquisador Renato de Azevedo Moreira, da Universidade Federal do Ceará, forneceu algumas sementes da planta para pesquisa.

Ao longo deste tempo, foi possível realizar alguns estudos básicos sobre a pulchellina, como os de caracterização da citotoxicidade da proteína, bem como o isolamento e a identificação de isoformas. “Identificamos quatro isoformas mais viáveis para aplicação em pesquisas, sendo que algumas são mais tóxicas que outras”, diz a professora.

Moléculas recombinantes

A molécula da pulchellina apresenta duas partes. Uma é responsável pelas atividades de toxicidade. A outra, responde pelo mecanismo que permite a sua entrada dentro das células. “Estamos trabalhando tanto com a proteína nativa, extraída e purificada diretamente da planta, como também com as duas partes isoladamente, obtidas por meio de engenharia genética”, explica. “Neste processo, o gene da planta foi isolado e introduzido em uma bactéria para esta célula produzir as partes da proteína em um meio de cultura apropriado. Estas novas moléculas são chamadas de recombinantes”, conta.

Atualmente, os pesquisadores contam com a parceria de uma empresa de biotecnologia de Campinas, onde estão sendo realizados estudos in vitro e em animais com o objetivo de desenvolver uma formulação que permita a entrada da cadeia tóxica da pulchellina dentro da célula tumoral sem afetar as demais. “A ideia é que uma vez desenvolvida a nanoestrutura e a formulação, a toxina poderá ser utilizada sobre tumores localizados superficialmente”, diz a professora.

O projeto para aplicação biotecnológica da pulchellina está em andamento e encontra-se em fase de avaliação da eficácia do sistema tanto in vitro como in vivo. A pesquisa tem apoio do Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

* Publicado originalmente no site Agência USP.

(Agência USP)

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

(Foto: cref1.org.br)

 

É grande o número de brasileiros que são afetados por algum tipo de doença reumática, segundo o Ministério da Saúde que instituiu 30 de outubro como o Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo. Tratamento médico, práticas integrativas e atividade física são as dicas para reduzir sintomas e riscos de incapacidade física.


A última pesquisa do Ministério revelou resultados preocupantes ao mapear de 2010 a 2011, aproximadamente, 12 milhões de pessoas com algum tipo de reumatismo - enfermidade que afeta ossos, cartilagens, articulações, tendões, músculos e ligamentos causando doenças comuns como osteoporose, tendinite, artrite, artrose entre outras.


E nesta luta a atividade física é uma forte aliada na prevenção e redução dos sintomas causados pela doença que atinge homens e mulheres de qualquer idade, e não só os idosos como se costuma dizer. Eduardo Netto, professor Mestre em Ciência da Motricidade Humana, explica como a Educação Física atua nestes casos: “A osteoporose, por exemplo, é uma doença silenciosa, por isso é muito importante seguir o tratamento à risca com exercícios de correção postural, treinamento neuromuscular de duas a três vezes por semana em dias alternados, exercícios específicos para equilíbrio, treinamentos cardio respiratório e de flexibilidade. Alongamentos estáticos de 01 a 03 séries com duração de 10 a 20 segundos, sem que provoque a sensação de dor e com uma frequência de 02 a 03 vezes por semana, entre outras atividades sugeridas também pela Associação Americana de Reumatologia”.


O Ministério da Saúde ainda recomenda atenção aos sintomas iniciais da doença como: dores ao esticar os braços sobre a cabeça ou ao elevar os ombros até tocar o pescoço, dor nas articulações por mais de seis semanas com vermelhidão e inchaço. A orientação nestes casos é procurar a Unidade de Saúde mais próxima, pois o quanto antes forem diagnosticados os sintomas, maiores são as chances de uma vida normal.


Para outras informações acesse https://portalsaude.saude.gov.br

 

Pesquisa testa terapia para a fase aguda da anemia falciforme

 
 
22/10/2012

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Em artigo publicado na revista Blood, pesquisadores do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) demonstraram que a hidroxiureia – droga usada no tratamento crônico da anemia falciforme – pode também ajudar a aliviar sintomas da fase aguda da doença, atualmente sem opção terapêutica.

O trabalho realizado durante o doutorado de Camila Bononi Almeida, com Bolsa da FAPESP, mereceu destaque no editorial da revista, considerada a mais importante na área da hematologia.

“O paciente que chega hoje ao hospital com uma crise de dor típica da fase aguda recebe apenas analgésicos e hidratação. A ideia de usar a hidroxiureia – já aprovada para tratar de forma crônica esses pacientes – também na etapa aguda é muito atraente para os clínicos. Até agora, isso não havia sido cogitado”, comentou Nicola Amanda Conran Zorzetto, orientadora da pesquisa.

A anemia falciforme, explicou a pesquisadora, é uma doença hereditária caracterizada por uma alteração genética na hemoglobina, proteína que dá a coloração avermelhada ao sangue e ajuda no transporte do oxigênio pelo sistema circulatório.

Essa alteração faz com que as hemácias – glóbulos vermelhos do sangue – assumam a forma de foice ou meia lua depois que o oxigênio é liberado. As células deformadas se tornam rígidas e propensas a se polimerizar, ou seja, a formar grupos que aderem ao endotélio e dificultam a circulação do sangue.

“Esse processo é conhecido como vaso-oclusão e hoje já se sabe que está relacionado a um estado inflamatório resultante da doença. Glóbulos brancos e plaquetas também ficam aderidos ao endotélio, obstruindo pequenos vasos”, disse Conran.

Além das intensas crises de dor, que muitas vezes requerem a internação do paciente, a vaso-oclusão pode causar infartos em qualquer parte do corpo e lesionar diversos órgãos. “Problemas como úlceras, osteonecrose, hipertensão pulmonar e acidente vascular cerebral são comuns”, disse a pesquisadora.

O grupo do Hemocentro da Unicamp, ao qual também pertence o reitor da universidade, Fernando Ferreira Costa, já havia demonstrado em pesquisas anteriores o benefício da hidroxiureia no tratamento crônico da anemia falciforme.

“A droga aumenta a produção de outro tipo de hemoglobina, conhecida como hemoglobina fetal. Ela tem esse nome porque, normalmente, é produzida no período de vida uterina”, contou Conran.

A hemoglobina fetal é capaz de diminuir a polimerização da hemoglobina geneticamente alterada, reduzindo o risco de vaso-oclusão. “Mas como esse aumento na hemoglobina fetal leva meses para ter efeito, ninguém havia considerado usar a droga nas crises agudas”, disse.

Durante seu doutorado, porém, Almeida constatou que, como sugeriam dados da literatura científica, a hidroxiureia tem outros efeitos interessantes.

“Ela ativa uma via de sinalização celular dependente de óxido nítrico que facilita a vasodilatação, dificulta a interação entre os glóbulos brancos e vermelhos e, consequentemente, sua adesão ao endotélio”, explicou.

Nos experimentos feitos com camundongos portadores de anemia falciforme, os cientistas observaram que o medicamento não apenas diminuiu a adesão das células à parede dos vasos como também reverteu o quadro inflamatório.

“Testamos a hidroxiureia isoladamente e também associada a uma substância chamada BAY73-6691, que também modula a via de sinalização por óxido nítrico. Uma droga potencializa o efeito da outra”, disse Almeida.

Passo a passo

Os animais geneticamente modificados para desenvolver a doença foram divididos em quatro grupos e receberam um estímulo inflamatório para desencadear o processo de vaso-oclusão.

O primeiro grupo recebeu apenas placebo. O segundo foi tratado com hidroxiureia. O terceiro recebeu apenas o BAY73-6691 e, o quarto, a combinação das duas drogas.

Após três horas, os pesquisadores avaliaram por meio da microscopia intravital – técnica que permite observar o fluxo sanguíneo sob um tecido translúcido – como ocorria o processo de interação e adesão das células.

No grupo placebo, os pesquisadores verificaram a adesão de seis glóbulos brancos por, no mínimo, 30 segundos, a cada 100 micrômetros (μM) de endotélio. Já entre os animais que receberam ou a hidroxiureia ou o BAY73-6691 separados, esse número caiu 38%. No grupo que usou a combinação das duas drogas, a redução de células aderidas foi de 74%.

Ao analisar a interação dos glóbulos vermelhos com as células brancas previamente aderidas, os cientistas encontraram resultados semelhantes. “Esse dado é importante porque, após a adesão de glóbulos brancos ao endotélio, o próximo passo do processo vaso-oclusivo seria a interação dessas células com os glóbulos vermelhos circulantes”, explicou Almeida.

Os dados mostram uma redução de 44% nas interações do grupo tratado apenas com hidroxiureia e de 62% no grupo tratado apenas com BAY73-6691. A queda chegou a 69% quando as duas drogas foram combinadas.

“Também verificamos aumento significativo da sobrevida no grupo que recebeu a combinação de hidroxiureia e BAY73-6691, quando comparado ao grupo controle”, contou Almeida.

Perspectivas

Para Conran, embora os melhores resultados tenham sido obtidos com a combinação das duas drogas, a hidroxiureia isolada também mostrou efeitos importantes e que poderiam ser mais facilmente aplicados na prática clínica.

“Estão sendo feitos testes clínicos com drogas da classe do BAY73-6691 para tratamento de Alzheimer e há o interesse de testar também em anemia falciforme. Mas a hidroxiureia já está disponível para tratar os pacientes”, disse.

No entanto, ressaltou a pesquisadora, novos testes clínicos serão necessários para comprovar os benefícios do medicamento na fase aguda também em humanos e acertar a dose adequada.

Além da hidroxiureia, o transplante de medula óssea é hoje a única opção terapêutica para anemia falciforme. O procedimento, porém, não é indicado para todos os casos e nem sempre um doador aparentado compatível é encontrado. “Por essa razão, está todo mundo procurando uma forma de tratar a doença e suas complicações de forma mais eficaz”, disse Conran.

O trabalho de Almeida foi premiado no 16º Congresso da Associação Europeia de Hematologia, realizado em Londres em 2011. Também obteve o prêmio principal no Congresso da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia de 2010.

A pesquisa está sendo realizada no âmbito de dois outros projetos apoiados pela FAPESP: um Temático, coordenado por Costa, e um Auxílio Regular, coordenado por Conran. Contou ainda com a colaboração de cientistas do Colégio de Medicina Albert Einstein, em Nova York, Estados Unidos.
 

 

Dráuzio Varella fala sobre café e estilo de vida saudável para cooperados da COOXUPÉ

 

                   O médico e especialista em cancerologia, doutor Dráuzio Varella, falou sobre café e estilo de vida saudável para mais de 1,5 mil cooperados, em evento que marcou a inauguração da segunda etapa do Complexo Industrial Japy da COOXUPÉ, na manhã desta quinta-feira, 18 de outubro.

                   Dráuzio apresentou ao público alguns estudos realizados em países, como os Estados Unidos, que constataram a diminuição da mortalidade, numa faixa de 10 a 15%, em homens e mulheres que consomem café. O médico também comentou a importância desta bebida e que o café pode sim fazer parte de um estilo de vida mais saudável.

                     Café e saúde

                     O evento ainda contou com a participação do médico cardiologista Miguel Moretti, que apontou dados de recentes pesquisas que comprovam os benefícios do café para a saúde. O palestrante apresentou alguns estudos científicos, trazendo constatações referentes ao consumo da bebida como: o aumento da concentração, atenção e memória; redução da diabetes; diminuição do risco de AVC em mulheres.

                   Miguel ainda apresentou que o consumo de cafeína é seguro, se feito com moderação, ou seja, até 500 mg diariamente. “Não há nenhuma repercussão negativa do café na saúde das pessoas se for tomado em quantidades habituais. Nem naqueles com doença coronária”, enfatizou.

                    O Complexo Industrial do Japy

                    O complexo logístico recebeu investimentos de cerca de R$ 75 milhões e irá implementar um processo inovador para o café: saem de cena as sacas de 60kg e a operação passa a ser feita a granel e automatizada, conferindo maior competitividade ao grão.

 

                    Com o complexo, a COOXUPÉ, maior cooperativa de café do mundo, dobrou sua capacidade de armazenamento e beneficiamento do grão, correspondendo às necessidades do mercado atual. A unidade de preparo engloba um conjunto de 60 silos, com capacidade para 3 mil sacas cada, que serão utilizados para guardar os cafés preparados para a venda nos mercados interno e externo.

                    Estas estruturas podem receber, a granel, o equivalente a 35 mil sacas de café por dia. A capacidade de preparo da COOXUPÉ passa a ser de 27.800 sacas/dia.

 

                                                                                     Outras informações pelo site: www.cooxupe.com.br

Fotos: Queila Panhota

Estudos mostram benefício dos exercícios para portadores de doenças respiratórias

 

18/10/2012

Por Carlos Eduardo Lins da Silva, de Toronto

Agência FAPESP – Um dos primeiros resultados do acordo de cooperação entre a FAPESP e as Universidades de Toronto e Western Ontário, no Canadá, é o trabalho conjunto que vem sendo realizado pelas equipes dos professores Celso Ricardo Fernandes Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e Dina Brooks, da Universidade de Toronto na área de tratamento de doenças respiratórias com atividades físicas.

Os dois pesquisadores apresentaram um resumo da colaboração que já está sendo realizada por eles durante o simpósio de abertura da FAPESP Week 2012, no dia 17 de outubro, em Toronto.

Brooks disse que sua equipe conta com a participação de brasileiros há dez anos e que, por isso, ela percebeu a existência de sinergia entre os dois países na sua área. “O acordo com a FAPESP pode fazer esse namoro virar casamento”, brincou, ao iniciar sua fala.

Sua especialidade é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), causada principalmente por cigarro e poluição. A enfermidade afeta pelo menos 4,4% dos canadenses, um em cada cinco fumantes, e é a quarta maior causa de mortes no país.

A pesquisa que Brooks conduz na Universidade de Toronto mostra que a prática de exercícios físicos é a maneira mais eficiente de reduzir os sintomas da doença, que – no entanto – não tem cura. Além disso, educação e assistência psicológica ajudam a amenizar os problemas causados por ela, como ansiedade e depressão.

Apesar disso, a porcentagem de canadenses que se submetem a esses tratamentos ainda é muito pequena, segundo Brooks: 1,2% dos enfermos. Em 1999, era ainda menor (apenas 0,5%).

Para Brooks, uma consequência imediata do diálogo com o Brasil foi a constatação de que 90% dos pacientes de DPOC também sofrem de asma, cujo tratamento é área de especialidade de Celso Ricardo Fernandes Carvalho.

Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de asma, segundo ele. Os países com maior incidência são Austrália, Brasil, Canadá, Costa Rica, Estados Unidos e Reino Unido. Fatores ambientais que agravam a enfermidade são alta poluição, baixa umidade e baixa temperatura.

A constrição brônquica provocada pela asma costuma aumentar durante ou logo após a prática de exercícios físicos, o que leva muitos enfermos a diminuí-la ou mesmo eliminá-la.

Com isso, é comum ocorrer obesidade ou sobrepeso entre asmáticos, causas de piora de sua condição geral de saúde e de agravamento da própria asma, pois quanto mais aptos fisicamente eles estiverem, menores e menos frequentes os sintomas, segundo pesquisas de Carvalho já comprovaram.

Elas também mostram que quanto mais grave for a constrição, maior é a recuperação do paciente que se trata com terapia física. Uma pesquisa de 2011 revela que pessoas que apresentavam sintomas em um dia a cada dois antes de passar por fisioterapia, passaram a apresentá-los em um dia a cada sete após os trabalhos de recuperação física.

Embora já se saiba que exercícios aeróbicos, como caminhada e bicicleta, e fortalecimento muscular são muito eficientes, Carvalho e Brooks dizem que ainda é necessário pesquisar mais para saber exatamente quais tipos de exercício podem ser mais produtivos.

Sinergia

Esta é uma das ambições que Carvalho e Brooks têm para os próximos meses de seu trabalho conjunto. Eles ainda esperam que o aumento de número de pacientes submetidos ao mesmo protocolo de tratamento proporcionado pela adição dos dois grupos aumente a relevância científica dos estudos de ambos.

Além disso, a Universidade de Toronto espera aprender com a USP mais sobre técnicas de mensuração de escarro, nas quais a universidade brasileira tem expertise. A USP almeja conhecer melhor e incorporar mais as técnicas de mensuração de efeitos de fisioterapia, em que a escola canadense se especializou.

Um dos problemas comuns aos dois grupos que Brooks e Carvalho vão enfrentar juntos é o desenvolvimento de meios e instrumentos para aumentar a probabilidade de um número maior de pacientes fazer manutenção dos exercícios requeridos em casa após o fim do tratamento nos centros de recuperação e para permitir que a assistência psicológica seja mantida a distância.

Numa demonstração de como a realização de eventos multidisciplinares como a FAPESP Week podem ser produtivos, Dina Brooks manifestou desejo de conhecer mais a experiência do Instituto Microsoft Research-FAPESP de Pesquisas em TI, cujos objetivos foram expostos também durante o simpósio de Toronto pela pesquisadora Juliana Salles, que se dispôs a tentar projetar algum aplicativo que permita a utilização de aparelhos de comunicação móveis que se destinem especificamente a atender os objetivos de Brooks e Carvalho.

 

Bactéria pode atuar como “vacina” para dengue

Por Washington Castilhos

Agência FAPESP – Primeiramente encontrada em 1924 no mosquito Culex pipiens, a Wolbachia pipientis é uma bactéria presente nas células de cerca de 70% dos insetos, desde borboletas ao pernilongo.

O Aedes aegypti, vetor da dengue – considerada a mais importante doença viral transmitida por mosquitos no mundo –, pertence aos 30% de invertebrados que não têm a bactéria. Ou não tinham.

Pesquisadores descreveram, durante o 28º Congresso Internacional de Medicina Tropical, evento realizado no Rio de Janeiro entre os dias 24 e 27 de setembro pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, como a Wolbachia pode atuar como uma “vacina” para o Aedes, bloqueando a multiplicação do vírus dentro do inseto ao ser inoculada no mosquito.

Cada cepa da bactéria é responsável por uma reação em seu hospedeiro. Há alguns anos, ao observarem que ela diminuía pela metade o tempo de vida da Drosophila (a mosca-das-frutas), cientistas do programa internacional “Eliminar a Dengue: Nosso Desafio”, liderados por Scott O’Neill, da Universidade de Monash (Melbourne, Austrália), demonstraram que a Wolbachia, se inoculada no Aedes aegypti, poderia também reduzir a longevidade do mosquito, diminuindo a sua capacidade de transmitir o vírus.

“Se o mosquito vivesse pela metade, ele teria menor chance de transmitir o vírus, já que esse precisa ficar incubado de oito a dez dias dentro do corpo do vetor. Então, pensamos que, se vivesse 15 em vez de 30 dias, o inseto morreria antes de se alimentar e de haver a incubação do vírus”, disse o entomologista molecular Luciano Moreira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição brasileira parceira do projeto mundial.

“Mas, quando inoculamos a bactéria, ficamos surpresos ao ver que ela, além de diminuir o tempo de vida do mosquito, também fazia com que o vírus não se desenvolvesse”, disse.

“Agora, há uma nova cepa da bactéria que está sendo usada na Austrália e que não encurta a vida do inseto, mas apenas bloqueia o vírus. Então, a ideia de encurtamento da vida do mosquito já não é tão importante. O importante é o bloqueio do vírus”, disse Moreira à Agência FAPESP.

A Wolbachia foi transferida da mosca-das-frutas para o Aedes aegypti por meio da técnica de microinjeção, que consiste em uma agulha fina que insere a bactéria nos ovos do mosquito.

Em 2008, Moreira se mudou para a Austrália e passou a trabalhar com a equipe de pesquisadores que desenvolviam o projeto no país. “A partir do momento que tivemos a linhagem de mosquitos com a bactéria, trouxemos os ovos para o Brasil e fizemos o cruzamento com as populações brasileiras de mosquitos, ainda mantidos em laboratório”, contou.

No Brasil, o projeto em sua primeira fase foi focado na manutenção de colônias dos mosquitos com a bactéria e no cruzamento com Aedes aegypti de populações brasileiras.

A soltura da nova linhagem de mosquitos na natureza deve ocorrer no começo de 2014, no Rio de Janeiro, escolhido por este ser o estado campeão de casos da doença e pela quantidade de mosquitos encontrada ao longo do ano inteiro. Na Austrália, os mosquitos com as bactérias já foram soltos. No Vietnã e na Indonésia, a soltura ocorrerá no ano que vem.

“Há um processo de preparação. Temos que trabalhar primeiro com as comunidades e informá-las sobre o projeto. Além disso, precisamos conhecer dados entomológicos sobre as populações de mosquitos locais”, explicou Moreira.

Projeto seguro e sustentável

A Wolbachia só pode ser transmitida verticalmente (de mãe para filho) por meio do ovo da fêmea do mosquito. Fêmeas com Wolbachia sempre geram filhotes com a bactéria no processo de reprodução.

“Por isso, uma vez estabelecido o método em campo, os mosquitos continuam a transmitir a bactéria naturalmente para seus descendentes”, disse Moreira.

Após soltos em campo, o número de mosquitos machos e fêmeas com Wolbachia tende a aumentar, até que a população inteira de mosquitos tenha a bactéria e o vírus não se estabeleça mais.

“Nossa estratégia é completamente compatível com outras. Não será a única forma de controle da dengue. As pessoas terão que continuar a tirar os criadouros e os cientistas a continuar as pesquisas em vacinas”, disse Moreira.

O entomologista ressalta as principais características do projeto, como a segurança e a autossustentabilidade. “É um projeto seguro, pois a bactéria já está presente na natureza. É autossustentável porque, a partir do momento em que é colocada no campo, a bactéria é passada para a natureza. Além de tudo isso, não tem fins lucrativos. Os mosquitos não serão vendidos. Serão espalhados e assim utilizados”, afirmou.

Assim como o A. aegypti, o Anopheles, principal vetor da malária no Brasil, não tem a bactéria. “Mas já foi demonstrado que se a Wolbachia for injetada no corpo do mosquito ela bloqueará o parasita causador da malária”, destacou Moreira

Riscos à saúde e as novas determinações da Anvisa

Gil Meizler*


         Os advogados que de fato militam na área do Direito Sanitário têm acompanhado os trabalhos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e observado que os riscos à saúde são os alvos da atenção da Agência. Esses causídicos conseguiram, após anos, de trabalho quer na indústria, quer no governo, obter uma visão aguçada do panorama atual e vêm, portanto, se dedicando à análise de diversos princípios, dentre os quais os da segurança e da precaução. Isso porque temos nos deparado recorrentemente ultimamente com questões de grande magnitude relativas ao risco sanitário e ao mesmo tempo notado um amadurecimento do Judiciário e da própria Anvisa.

            A Anvisa vem tentando estabelecer formas de mitigar o risco sanitário, posto que tem buscado estabelecer proposta de ações que leve os estabelecimentos farmacêuticos a exigir a apresentação de receita, colocou em consulta pública norma que, exige dizeres de rotulagem especificados para cada tipo de produto infantil e que dispõe que figuras, imagens ou desenhos constantes do rótulo, embalagens e material promocional não devem induzir sua utilização por crianças de idade inferior à indicada.
            Questões como: indenizações decorrentes de danos à saúde, que são requeridas por pacientes que se automedicam, administração de remédio não receitado pelo médico em virtude de confusões oriundas de semelhança de nomes e de embalagens, são apenas exemplos.Para melhor compreensão do panorama atual, de se destacar que informações do Datasus 2012 mostram que o consumo excessivo de medicamentos é a principal causa de intoxicação no país: 9.869 (37%) casos até junho. A curva cresceu 135% de 2007 — início dos registros de intoxicações exógenas (onde inclui-se a por remédio) — a 2011, ano que registrou 63.308 casos no Brasil. Crianças entre 1 e 4 anos são as mais afetadas (cerca de 30%).

            Tal porcentagem não causa estranheza, sobretudo porque a própria Anvisa admitiu falha no controle da venda de fármacos. Aliás, justamente por conta dessa falha que informou que deverá partir para uma nova estratégia: mais campanhas e maior fiscalização nas farmácias.

            Por essa razão, Anvisa já realizou audiência pública para discutir a venda de medicamentos sujeitos à prescrição médica e decidiu criar um grupo de trabalho para discutir formas de garantir a exigência da receita na compra de medicamentos sujeitos à prescrição. Na primeira quinzena de outubro, a Agência deverá publicar um edital convocando interessados a participar da discussão.

            Já, com o intuito de inibir erros de administração e uso equivocado de medicamento, que tramita na Câmara o Projeto de Lei 3596/12. Pelo texto, os produtos infantis deverão ter características de rotulagem e de embalagem que possibilitem a sua imediata e precisa distinção daqueles destinados ao uso adulto, erro de dispensação e de administração são englobados pelo art. 5º da Lei nº. 6360/76, devendo, assim como erros de trocas indesejadas ou uso equivocado ser inibidos através de características que diferenciem os rótulos de medicamentos, drogas e produtos correlatos.

            Observamos, inclusive fora do Brasil, um movimento voltado a reduzir o risco sanitário. Na China, autoridades anunciaram que dispositivos médicos de origem estrangeira poderão ser comercializados apenas se a respectiva embalagem for em chinês.

            Destaque-se que os tribunais, após sucessivas decisões sobre questões que têm como matéria de fundo o risco sanitário, firmou posicionamento no sentido de riscos à saúde derivarem de atos que induzem à automedicação, bem como à errônea administração. Contudo, orientamos as empresas a encaminharem a seus assessores técnicos e jurídicos os autos de infração através dos quais Anvisa comunica a aplicação de penalidade que pode variar de advertência a interdição e/ou multa do estabelecimento e que deriva muitas vezes do descumprimento da Lei n. 6.437/77 e da Lei n. 6360/76, na exata medida em que devem ser analisados à luz do princípio da razoabilidade, posto que o princípio da precaução a esse não se sobrepõe.

            Ressalte-se, porém, que não é tudo que representa risco sanitário. Justamente por isso que remédios que não exigem receita médica voltaram a ficar ao alcance do consumidor nas gôndolas e prateleiras das farmácias. Ora, remédios de venda livre representam, conforme dados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apenas 4% dos casos de intoxicação medicamentosa no país, implicando em afirmar que não é admissível o banimento do direito de escolha do enfermo, mas apenas a exigência de apresentação de informações de forma clara e precisa.            Sob esse prisma, portanto, que deve ser analisada a recente norma editada pela Anvisa que determina critérios de rotulagem de protetor solar e dispõe que as expressões “resistente à água”, “muito resistente à água”, “resistente à água/suor” ou “resistente à água/transpiração” somente poderão ser indicadas nos rótulos dos protetores solares se essas características forem devidamente comprovadas por meio de metodologias específicas.    

            Como se percebe, diversos processos e inúmeras CPs e RDCs vêm gerando a necessidade do advogado se pautar em sua experiência de indústria ou de governo, posto que as questões centradas no risco sanitário que vêm sendo colocadas sob análise exigem um conhecimento apurado de matérias afetas ao core business das empresas. Não se pode mais admitir atuação deliberada e desenfreada daqueles que por não conhecer a indústria de preceitos comezinhos se distanciam e geram não apenas o risco sanitário, mas o risco à própria empresa.

 


* Gil Meizler é consultor em Direito Sanitário do escritório Braga e Balaban Advogados, especialista em Direito Sanitário pela Universidade de São Paulo (USP), membro da comissão de Direito Sanitário da OAB/SP, professor convidado de Direito Sanitário da FAAP, Professor da Optionline, atuante no mercado farmacêutico há dez anos e especializando pela FGV do curso MBA com ênfase em gestão empresarial – gil.meizler@bragabalaban.com.br

 

 

 

 

CEREST de Bebedouro atua na prevenção da saúde do trabalhador

 
 
 

 

 

   Técnicos do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), Regional de Bebedouro, proferiram palestras em empresas de Bebedouro e da região, visando à conscientização da importância de exercer as atividades profissionais e de lazer sempre com foco na segurança e no bem-estar de cada um, indistintamente do cargo ou função.

   Na Consmec de Bebedouro, o fisioterapeuta José Renato Corrêa discorreu a respeito de ergonomia no trabalho. Já os técnicos de segurança, Paulo Alexandre Mendes e Manildo Ricardo Britto, abordaram tema relacionado à prevenção de acidentes de trabalho, enquanto a fonoaudióloga Patrícia Jacobs falou de prevenção para evitar a perda auditiva induzida por ruído.

    Na SR Embalagens de Barretos, além da palestra sobre ergonomia, o assunto ‘direção defensiva’ foi abordado pelo técnico de segurança, Manildo Britto. A enfermeira do Trabalho, Regiane Pereira Dias, discorreu sobre vacinação e prevenção de acidentes de trabalho.



Visitas no CEREST

   Alunos do Curso de Recepcionista do Senac Bebedouro estiveram no Cerest, quarta-feira (3/10), para receberem orientações sobre postura no trabalho e LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Ficou a cargo da enfermeira Regiane abordar o assunto. Já a palestra sobre motivação no trabalho esteve a cargo do pscicólogo Paulo Bizarro. Local: anfiteatro do Hospital Municipal.

 

 

 

 

 

 

 
 

© 2012 Todos os direitos reservados.

Crie um site grátisWebnode