CRONICAS & POEMAS EXCÊNTRICOS

Augusto Aguiar, bebedourense da gema, gerente aposentado dos Correios, mantém o Blog www.m-cultural.blogspot.com onde escreve sobre assuntos diversos (ênfase em Literatura), no jornal www.stilocidade.webnode.com. e Folha da Cidade. Cronista e poeta, fã do crítico literário Jorge de Sá, autor do livro A Crônica, define este gênero literário como uma prosa rápida com o leitor.

- Membro Correspondente da Academia Riberãopretana de Letras e Filiado à União Brasileira de Escritores. 

PAPAGALHO sutil e afiado

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MOTINHA sempre correto no seu raciocínio

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ANANIAS só observando

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PAPAGALHO + MOTINHA + ANANIAS - Obras excentricas, inteligentes, personagens criativos idealizado por AUGUSTO AGUIAR, alternando entre causos, cronicas e poemas.   Várias obras do autor :

www.m-cultural.blogspot.com.br - Visitem! 

 

19 Agosto 2013

 

18 Agosto 2013

 

 

 

10 Agosto 2013

 

09 Agosto 2013

  

08 Agosto 2013

  

05 Agosto 2013

  

04 Agosto 2013

  

 

02 e 04 Agosto 2013 

  

 29 Julho 2013

 

  

27 Julho : Publicação na Folha da Cidade - 

ANANIAS, O PRIMATA, RESPONDE

 

Ananias, o Primata, entrevistado pela coluna Prosa Rápida, edição de 13/07/13, responde ao e-mail enviado pelo leitor Manolo Lobo.

 Vamos lá, então:

“Senhor Ananias

Li a sua entrevista. Nela, definiu: ‘Os Três Poderes são perfeitos apenas na arquitetura de Niemeyer, nada mais’. Noutra resposta, a respeito do aplauso, afirma que: ‘(...) uma platéia em pé, aplaudindo alguém, pactua com os mesmos erros daquele que é aplaudido’. Por gentileza, diga-me: qual é a sua linha ideológica?

Atenciosamente, Manolo Lobo”.

RESPOSTA DE ANANIAS

“Prezado Manolo

Os Três Poderes – e os fatos comprovam diariamente – têm a sua “arquitetura moral” deformada pelos maus representantes do executivo, maus parlamentares, maus magistrados etc. Portanto, restou apenas o irretocável estilo arquitetônico de Niemeyer. Existem ótimos representantes dos Três Poderes, claro. Atenho-me aos maus.

Para os algozes da boa Política, o bem estar de milhões de brasileiros é como a apendicite para a Medicina: não tem finalidade.

Em 1969, a caminho da Lua, os astronautas americanos, lá do espaço, viram a Praça dos Três Poderes. Um deles comentou:

-Um pequeno passo para a Arquitetura, um grande salto para a Corrupção.

Pra mim, através de atitudes, os maus representantes desses Poderes  devem revestir-se de condutas severas. Adotarem meios de transportes menos sofisticados para as suas viagens oficiais. Exemplo: via de superfície, um Fusquinha idêntico ao do presidente do Uruguai; via marítima, um tsunami. Por fim, via aérea, num dia bem quente, as asas de Ícaro.

A fim de dirimir dúvidas, os percursos terrestres e marítimos são  classificados no contexto de vias de superfície. Objetivando uma melhor semântica, separei-os.

Na segunda pergunta, a questão do aplauso unânime pactuar com os erros do aplaudido, a resposta é fácil. O pessoal, nessas ocasiões, usa a orelha em lugar do cérebro (regra eficaz do professor Celso Pedro Luft ao ensinar o emprego correto da vírgula).

Por fim, devo informar-lhe que sou um homem livre, desacorrentado de qualquer Ideologia. Esta, dizem, é uma ferida narcísica que Marx acrescentou às de Freud. E daí surgiu o bacanal. Berlusconi, ex-primeiro-ministro da Itália, que o diga.

 Um cordial abraço. Ananias, o Primata”.

Agradeço aos leitores Manolo e Ananias pela leitura desta coluna.

22 Julho

  2

21 Julho 2013

 

 

Entrevista com Ananias, O Primata

 

No seu dia a dia, Ananias, O Primata, numa atitude filosofante, faz profundas imersões a respeito dos erros e acertos do Homo Sapiens. Nesta entrevista, opina sobre temas diversos.

       * Ananias, o que é uma Teoria?

Algo sobre o qual você escreve, mas que já funciona na prática.

       * E uma fórmula?

É a cartomante da Teoria.

       * Defina a Teoria dos Três Poderes.

Perfeita apenas nas fórmulas e formas da arquitetura de Niemeyer, nada mais.

       * Se houver Reforma Política, os parlamentares votarão o fim ou não do voto secreto?

São especialistas em deixarem lacunas na lei.

        * Na resposta acima, por que o sujeito está implícito na desinência verbal?

Representa os parlamentares que optam pelo voto secreto. Sempre discretamente escondidos nos momentos nevrálgicos. Fazem o que os bons políticos não fazem.

         * O que é Ficha Limpa? 

A Ficha Limpa é uma ficha em branco, moralmente em branco. Caso tenha apenas um rabisco imoral, não é mais limpa. Já estará um pouco suja embora muitos achem isso pouco. 

         * Qual o seu conceito a respeito do voto ?

O voto está para o eleitor, assim como a alavanca está para Arquimedes. Este disse: “Dêem-me uma alavanca e moverei a Terra”. O povo dispõe da alavanca, o voto.

         * Por que fundaram o Banco do Vaticano?

Para guardarem a arrecadação com as indulgências na Idade Média. E não foram poucas

         * Acabaram-se as indulgências? 

Apenas na religião católica. Sobrevivem na Política.

          * Quem vai ganhar a Copa do Mundo de 2014?

As empreiteiras, sem dúvida.

         * O que era a vaia?

A vaia era um mero exercício fonoaudiológico.  Hoje, já não é mais.

         * O que é o aplauso? Ou melhor, o que é uma platéia em pé aplaudindo alguém?

É pactuar com os mesmos erros daquele que é aplaudido.  

         * O que é delação premiada?

Forma culta de escrever a coloquial "dedo-duro fica menos tempo na cadeia".

         * A partir de que idade deveria ser aplicada a maioridade penal?

Pra mim, a partir da data de nascimento.

         * O camarão fará parte do cardápio rotineiro dos brasileiros das classes menos favorecidas?

Isso ocorrerá quando as classes mais favorecidas descobrirem que o camarão é o "urubu do mar". Quer achar um cadáver no mar? Guie-se pelos camarões.

AUGUSTO AGUIAR - Publicação deste sábado na Folha da Cidade 20.07.2013

19 Julho 2013

18 Julho 2013

Procura-se um poema 

Perdi um poema por aqui
mas preciso reescrevê-lo; quem achá-lo,
por favor, basta reencaminhá-lo.

Tem versos livres e regulares.
É um poema democrático
pra transitar por todos os lugares.

Vou colocar mais palavras
que não machuquem o ritmo do verso
E numa lição de ética
respeitar os limites da Licença Poética.


Crédito da imagem: https://www.butecodoflamengo.com/2012/03/refletindo-sobre-o-socio-torcedor.html

 

17 Julho 2013                                                                                                         

17 Julho 2013                                                                                        

17 Julho 2013                                                                                        

16 Julho 2013                                                                                      

15 Julho 2013                                                                                         

 

13 Julho 2013

 

10 Julho 2013                                                                                                                                                                         

09 Julho 2013

 

MOTINHA comentario do autor - AUGUSTO AGUIAR - AS HISTÓRIAS DA MOTINHA, um brasileiro em tempo integral, ocupará este espaço nas edições deste jornal online.É um personagem de ficção, mas as suas histórias transitam pelo cotidiano de todos nós. Caricatura do brasileiro comum, homem das ruas, toca a vida num tom informal e propõe um humor refinado. Algumas vezes, lírico. Ele não é o outro lado do autor, mas este sempre colabora com alguma experiência vivenciada. Vamos, portanto, conhecê-lo:

MOTINHA E O LIXO ATÔMICO

Na sala de espera do cabeleireiro, Motinha - com o seu inconfundível chapéu de malandro - ouvia a conversa de um engenheiro nuclear e um professor.

- Viveremos um sério problema com o lixo nuclear – comentou o engenheiro.

- O curioso é que o presidente Obama é entusiasta da ideia de que a energia nuclear é a maior fonte de combustível e não gera emissões de carbono – explicou o professor.

- É natural a postura dele, pois os Estados Unidos- disse o engenheiro - dependem do combustível fóssil (petróleo) de outros países.

- Países com pequena extensão geográfica e com pouca fonte de hidroeletricidade – lembrou o professor - comungam da mesma opinião do presidente dos Estados Unidos.

- Os rejeitos atômicos, ou seja, o lixo nuclear pode ser reciclado. No entanto, o lixo de alta atividade  não reciclado irá para depósitos subterrâneos.  Sempre haverá um risco. – justificou o engenheiro.

O professor percebendo Motinha atento ao assunto, disse-lhe:

- O lixo atômico é um problema quase insolúvel.

- Acho que não – respondeu Motinha.

-Não sei por que o senhor diz isso – interrompeu o engenheiro nuclear.

- O problema do lixo atômico ?

Não se espante, porque a solução é fácil.  É só levá-lo para o Triângulo das Bermudas – finalizou Motinha.

(Augusto Aguiar)

Filiado à União Brasileira de Escritores - UBE

MOTINHA E O CURSO DE VENDAS

Motinha foi trabalhar na área de vendas de uma grande empresa siderúrgica. Vendia tubos industriais (quadrados, retangulares e redondos), tubos galvanizados, ferros quadrados e redondos, perfis de estoque e sob encomenda, chapas de aço, chapas galvanizadas, telhas galvanizadas onduladas, além de outros materiais destinados aos serviços de serralheria.

Os vendedores atendiam o cliente presencialmente e por telefone. Neste caso, algo similar ao telemarketing, num raio de duzentos quilômetros. As vendas contemplavam clientes avulsos e grandes clientes.

Tão logo adquiriu desenvoltura, foi liberado para atuar sozinho. Com o senso de observação apurado, sacou a postura dos compradores (Setor de Compras) das grandes empresas vinculadas à sua carteira de clientes.

Perfil autocrata, mal educados, soberbos. Assim eram os compradores. Por executarem uma função de compras, achavam que podiam usar e abusar daqueles que vendiam-lhes.

Motinha pensava:
Esses caras representam mal as marcas paras as quais trabalham, apesar dos seus produtos serem ótimos. Muitos deles já foram deselegantes comigo. Diante de um produto deles, não comprarei. Virão à memória os  momentos desagradáveis a que submeteram-me.

Certo dia, o diretor de uma dessas empresas, empenhado com a imagem institucional da mesma, ligou e foi atendido por Motinha.

Explicou que a intenção da pesquisa, apesar da empresa de Motinha ser apenas fornecedora, era colher informações e sugestões que pudessem ajudá-lo a implementar novos conceitos.
Motinha expôs uma série de argumentos, sobre a postura do Setor de Compras, que despertaram a atenção do seu interlocutor.

-No meu lugar, Sr. Motinha, qual a sua ação para sanar esse problema ?

-Para mim é muito simples – explicou - dê um Curso de Vendas para o seu Setor de Compras. É a melhor solução – única – por sinal.

MOTINHA E O DIVÃ DE FREUD

Na banca de revistas, Motinha encontrou o amigo Fernando. Este comprou uma revista com Freud  e o seu inseparável charuto na capa.

- Fumava demais esse cidadão – disse Motinha.

- Foi o pai da Psicanálise  – esclareceu Fernando.

- Pensei – brincou Motinha - que Psicanálise fosse a marca dos charutos.

- Não !!!  É um método psicoterápico – explicou o interlocutor rindo.

- Mas cá entre nós, emendou Motinha: na época, o homem foi o garoto-propaganda com custo zero para  a indústria de charutos.

Fernando disse:
-Freud, através da Psicanálise  fez nascer a cura pela fala. No seu consultório, havia um divã no qual os pacientes deitavam-se durante as sessões de Psicanálise.

-Mas se a cura era pela fala, qual a necessidade do paciente deitar-se no divã ?  Nesse processo de terapia, pelo que entendo – ponderou Motinha -não havia o contato físico.

- Divã, palavra de origem persa, significa o lugar da fala. O de Freud era coberto por um tapete persa e almofadas de veludo. Um luxo, não há dúvidas. Mas a finalidade principal – garantiu Fernando -era deixar o paciente mais relaxado, sem tantas defesas e resistências. Nessas condições, ele se abria mais com Freud. Este pedia ao paciente que contasse tudo o que pensava e o paciente deixava a censura de lado. Na maioria das vezes, claro.

Acrescentou:

-Na época ele foi chamado o Colombo do Espírito.

-Não seria melhor chamá-lo de o Colombo da Mente, fica mais científico –  retrucou Motinha.

-Concordo, Motinha – disse Fernando. No entanto, naquele tempo, a terminologia era essa: Colombo do Espírito.

-Freud era uma fera – definiu Motinha.

.-Deu pra entender ? – perguntou Fernando.

-Sim, claro.  No tribunal do júri, se instalassem o divã de Freud para os réus, tudo ficaria melhor. Eles relaxariam, ficariam desarmados das defesas e resistências e confessariam tudo, sem nenhuma autocensura. Além disso, pelas técnicas da Psicanálise, não estariam falando frente a frente com ninguém. No entanto, se isso acontecesse, haja delação premiada. -  finalizou Motinha.

MOTINHA E A JUSTIFICATIVA ELEITORAL

Há alguns anos, o eleitor em trânsito fazia a sua justificativa eleitoral –erroneamente chamada de voto em trânsito- nos Correios, Filas múltiplas no atendimento: uma para comprar, outra para preencher e outra para carimbar os formulários. Havia outros entraves, por exemplo:  muitos eleitores retiravam o título e o dinheiro da carteira apenas no momento do atendimento. Multiplicando-se isso por 3000 eleitores –média de pessoas que justificavam em uma das agências do interior do estado - o tempo improdutivo tornava-se assustador. As filas eram  enormes.

Na vida tudo é estatística.  A agência dos Correios resolveu pesquisar e detectou esta realidade: desses 3000 mil eleitores, 65% estavam fora do seu domicílio eleitoral, mas residiam na cidade. Ou seja, apenas não haviam transferido o título de eleitor. Os restantes residiam fora.

Vinte dias antes das eleições, a mídia falada e escrita passou a ser acionada.  O eleitor fora do domicílio eleitoral, mas residente no município, era convidado a adquirir antecipadamente o formulário e levá-lo para casa, já preenchido pelo atendente dos Correios. Aos poucos, essa sensibilização transformou-se em autodisciplina.

Assim, no dia da eleição, o tempo de espera na fila seria mínimo; as justificativas emitidas antecipadamente eram assinaladas com um xis e o atendente, ao recepcioná-las no dia das eleições, sabia que estavam isentas de conferência. Bastava carimbá-las. Outros mecanismos foram atrelados ao processo de diminuir o tempo de espera na fila. 

No dia das eleições, aproximadamente às 07h45min – o atendimento dar-se-ia a partir das 8h - um ingênuo repórter volante de uma emissora de rádio passou pela agência e constatou uma fila de duzentos metros de extensão.

Dirigiu-se até a emissora e  anunciou: “Fila quilométrica para justificar o voto nos Correios.  Usuários serão penalizados com um grande tempo de espera na fila”. 

Às 8h15min, o repórter compareceu aos Correios para fazer um link com a central de apuração da emissora. Espantou-se, a fila não estava mais lá. Entrevistou o responsável pela agência e obteve as informações a respeito do fato. No ar exclamou:” -Pensei que...que...que....”. 

Motinha, íntimo da turma dos Correios, disse ao repórter:

-Pensou com a ponta da língua !!!

PAPAGALHO: Outro personagem "bem verde e amarelo"...

 PAPAGALHO IMITANDO O SOM DA VOZ HUMANA

Papagalho, nome deste personagem, fraseou:
-As ruas não sabem o que é o modelo belga de uma Reforma Política.
Em tempo: -Onde teria ouvido essa frase ?

 

 

 

 

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