EDUCAÇÃO

 

Brasileiros ganham 3 medalhas em Olimpíada Internacional                                                                                 de Biologia

26/07/2013

Agência FAPESP – A equipe brasileira que participou da 24ª edição da Olimpíada Internacional de Biologia (IBO, na sigla em inglês) voltou para casa com três medalhas.

O estudante Mateus Lavor Lira, do Ceará, ganhou medalha de prata; Tayná Milfont Sá, também do Ceará, e Eric Yoshido, de São Paulo, receberam bronze no evento, que reuniu 242 participantes na cidade de Berna, na Suíça.

“Ficamos na frente da Argentina, do México e da Costa Rica”, disse Rubens Oda, líder do grupo e coordenador da Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), ressaltando que esse foi o melhor desempenho já alcançado pelo Brasil.

Antes de viajar para a competição, os estudantes se prepararam com a ajuda de universidades e colégios. Eles tiveram aulas teóricas e práticas de bioquímica, biotecnologia, microscopia, ecologia, genética, histologia vegetal e dissecção de vertebrados e invertebrados.

Os alunos interessados em participar da próxima etapa internacional e ibero-americana das olimpíadas devem se inscrever primeiro na etapa brasileira. A OBB é organizada pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) e tem o apoio do Ministério da Educação (MEC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e de parceiros sócios da ANBio.

Podem participar jovens de no máximo 19 anos completos até o dia 1º de julho do ano corrente, com o ensino médio em andamento ou completo, e que ainda não estejam matriculados em uma instituição de ensino superior.

No próximo ano, a edição da IBO ocorrerá em Bali, na Indonésia. Mais informações:www.anbiojovem.org.br/obb/index.php?mod=mat&id_materia=508&ID= 
 

MAIS DE MIL NOVOS BRINQUEDOS PARA AS CRIANÇAS BRASILEIRAS

Mostra, que abre dia 9 de julho no Sesc Pompeia, integra as comemorações de aniversário de trinta anos do Sesc Pompeia e tem como referência a exposição criada pela arquiteta Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto inovador da fábrica onde está instalada a unidade

 

Dia 9 de julho (feriado), a partir das 11 horas, o Sesc Pompeia abre Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira, exposição que homenageia a mostra Mil Brinquedos da Criança Brasileira no ano de inauguração do Sesc Pompeia, em 1982, montada pela arquiteta e curadora italiana Lina Bo Bardi, que projetou um dos espaços mais representativos e democráticos culturalmente na cidade de São Paulo. Lina, considerada modernista, é a criadora de outros importantes projetos arquitetônicos na capital paulista, incluindo o MASP – Museu de Arte de São Paulo.

Nesta edição, serão apresentados mais de 6 mil brinquedos, entre eles, aproximadamente, 200 itens expostos há 30 anos - incluindo uma boneca grega do século V a.C, feita de barro, e que estava na mostra de 82 - assim como peças de coleções particulares, artesanais e eletrônicas. Distribuídos em espaços temáticos, de acordo com o recorte curatorial de Renata Meirelles e Gandhy Piorski, a exposição será abrigada em uma área de 2 mil metros quadrados e conta com a direção de arte e cenografia de Vera Hamburger.

Para o Sesc, esta é uma ocasião especial de apresentar uma versão ampliada da primeira exposição que a unidade Pompeia acolheu e que, na época, foi muito significativa para a própria estrutura de organização de mostras voltadas para o público infantil. Agora, com a atualização do olhar sobre a infância, pautada a partir das formas de pensar o brinquedo, aquele produzido pela indústria, pelo artesão e também pelas crianças.

Para a coordenadora de programação do Sesc Pompeia,  Ilona Hertel, “os brinquedos trazem conteúdos diversos, reflexos da cultura, e padrões de comportamento, expresso, por exemplo, em  bonecas que apresentam modelos estéticos”. Ela explica, ainda, que esta exposição revela como é que a criança se relaciona com o brinquedo, intervindo e criando sua própria narrativa brincante, resultando em uma produção cultural. “É uma exposição que interessa às crianças, mas também aos pais e estudiosos”, destaca.

A diretora de arte Vera Hamburger apresenta de forma viva e instigante uma grande “fábrica de brinquedos” como ambientação da exposição, que inclui atividades interativas, a união da tecnologia contemporânea com a brincadeira e formas expositivas que proporcionam ao público experiências lúdicas. “Através dessa instalação, queremos provocar o movimento do corpo e os sentidos, que serão ativados pela curiosidade e pela surpresa”, ela antecipa.

O público poderá percorrer livremente os espaços, subir rampas, atravessar túneis, passar por esteiras rolantes, se deparar com efeitos ópticos inusitados e descobrir vitrines escondidas. A proposta dos curadores vai ao encontro do projeto de Vera Hamburger, partindo do olhar e da lógica lúdica que move a criança.  Para o pesquisador da cultura tradicional popular, Gandhy Piorski, “o objetivo é demonstrar o brinquedo em sua construção e desconstrução”. A educadora Renata Meirelles completa que, essa nova versão da mostra, “traz a perspectiva de como funciona a imaginação da criança brasileira”. Para isso, a exposição está agrupada em espaços que representam segmentos do imaginário infantil.

Resultado de meses de trabalho, “garimpo” dos curadores, que percorreram o país em busca das peças mais representativas de cada região, os brinquedos são provenientes de importantes coleções particulares, de instituições culturais como o Museu do Mamulengo (Olinda), Museu do Índio (Rio de Janeiro), Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi e Instituto Brinquedo Vivo (São Paulo), Museu dos Brinquedos (Belo Horizonte) e Centro Dragão do Mar (Fortaleza), e também do Acervo Sesc de Arte Brasileira. Além de expor a trajetória do brinquedo, compondo e recompondo seu papel e lugar na infância das gerações desde a década de 30, o projeto tem como desafio refletir sobre a brincadeira, a forma como o brincar vem sendo banido dos espaços societários como a escola, a rua, a praça, o quintal.

Pressão popular conquista aprovação dos royalties do petróleo para a educação

por Danilo Mekari, do Portal Aprendiz

Aca3 Pressão popular conquista aprovação dos royalties do petróleo para a educação Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada do dia 26 de junho, o Projeto de Lei (PL) 5.500/2013, que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Decidido por consenso, o novo projeto substitui o PL original, enviado pela presidenta Dilma Roussef, que procurava repassar 100% desses royalties para a educação – agora o setor vai receber também 50% do Fundo Social do pré-sal, em vez de 50% dos montantes desse fundo. O deputado André Figueiredo (PDT-CE), relator do texto substitutivo, afirmou que com as modificações os investimentos em educação devem chegar a R$280 bilhões na próxima década.

O cientista político Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, considerou a votação uma vitória histórica para os movimentos sociais que lutam por qualidade na educação. Para ele, após “muitos e muitos anos” de debate, a aprovação do projeto de lei só foi possível graças às manifestações que se espalharam pelo Brasil.

“Ninguém vence o mercado financeiro internacional se não tiver gente na rua”, declarou em entrevista ao Portal Aprendiz. Segundo ele, “o objetivo agora é aprovar as leis e depois fazer o controle social delas”, referindo-se também ao Plano Nacional de Educação, que aguarda aprovação no Senado.

 

Educar os educadores?

Dona Judith está aposentada, depois de décadas de dedicação ao ensino em escolas públicas da zona leste paulistana. Ao longo do tempo ela foi acumulando experiências com crianças, principalmente filhos de famílias carentes que jogavam para a escola a responsabilidade de fazer delas, cidadãos de bem. Foram inúmeros os êxitos alcançados, quase na mesma proporção das frustrações provocadas pelas dificuldades comuns da periferia.

Autora de uma extensa lista de sugestões e críticas, algumas delas respondidas pelas autoridades do ensino, a professora mostra-se frustrada quando expõe o que levou às autoridades e que nunca foi colocadoem prática. Acostumadaa receber em sala de aula crianças de estômago e cérebros vazios, ela procura meios para publicar um livro apontando soluções, críticas e sugestões para aprimorar o ensino público.

Em uma conversa franca, a professora mostra-se otimista na medida em que vê muitos de seus antigos companheiros ainda na ativa, tentando transformar a sociedade, formando homens e mulheres de bem, embora sintam que já não têm o mesmo entusiasmo de outrora. Adepta do velho chavão de que enquanto há vida há esperança, ela mostra as deficiências no atual conceito de progressão continuada. E aponta as falhas que, a nosso ver, poderiam merecer atenção por parte dos nossos educadores.

Ela exemplifica de maneira bem simples, dizendo que em uma sala de trinta alunos, se existir meia dúzia que não consegue acompanhar os demais, esses alunos irão normalmente para a série seguinte, mas nunca nas mesmas condições que os seus colegas. E ali surgirá o problema, adverte a educadora. O professor ficará em dúvidas sobre a quem irá dedicar a sua atenção, se ao pequeno grupo que foi beneficiado pela progressão, ou aos demais.

Sem a atenção privilegiada do educador, certamente o pequeno grupo irá acumular perdas. Ao final do período escolar, certamente essas perdas poderão resultar em mais gente despreparada, que estará em desvantagem na competição natural do mercado de trabalho. E na somatória de carências, a educadora mostra a sua preocupação, uma vez que as oportunidades vão se tornando mais escassas.

E é exatamente aí que a professora Judith aponta a gravidade do problema: “se existe uma defasagem na formação hoje, certamente ela se manifestará com maior intensidade no futuro, e esse jovem que foi beneficiado agora, pagará a conta depois”.

O fato é que, para quem viveu e foi educado no sistema antigo, com a constante cobrança de resultados, fica difícil aceitar que  jovens saiam das escolas com um nível de aprendizado muito aquém do que fomos acostumados. Nesse quadro, embora o Governo invista em criar escolas técnicas, medida louvável, uma vez que estamos carentes de pessoal especializado, corremos o risco de ver concretizadas as preocupações da professora Judith. Sim, porque as falhas de hoje podem ser consideradas cortes, e como diz um velho ditado, os cortes na educação não cicatrizam jamais.

Vitor Sapienza é deputado estadual (PPS), ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, economista e agente fiscal de rendas aposentado. Acesse: www.vitorsapienza.com.br

 

 

 

Professora da rede municipal de São Paulo cria Academia de Letras para motivar a leitura

 

Há oito anos, a professora de Língua Portuguesa Maria Sueli Fonseca Gonçalves criou uma atividade para estimular o hábito da leitura em seus alunos. Ela montou a Academia Estudantil de Letras – AEL, inspirada na tradicional Academia Brasileira de Letras – ABL. A ideia era promover um jeito diferente de ensinar Literatura às crianças e aos jovens, de uma forma que pudesse motivá-los a ler.

Assim como na ABL, os alunos ocupam a titularidade das cadeiras. “É uma autêntica Academia de Letras. Os alunos escolhem autores da Literatura para representar na AEL.

A ideia era promover um jeito diferente de ensinar Literatura às crianças e aos jovens, de uma forma que pudesse motivá-los a ler.

Assim como na ABL, os alunos ocupam a titularidade das cadeiras. “É uma autêntica Academia de Letras. Os alunos escolhem autores da Literatura para representar na AEL. São os seus amigos literários. Fazem pesquisas sobre eles, promovem seminários, participam de eventos culturais, relacionam-se com escritores e poetas, começam a produzir seus próprios textos e a participar de concursos literários”, contou a professora.

O projeto lúdico teve início na Escola Municipal de Educação Fundamental Padre Antônio Vieira, em São Paulo. Hoje, é adotado em 22 escolas municipais. Mas, escolas de fora da capital, instaladas em Guarulhos (SP), Poá (SP), Ferraz de Vasconcelos (SP) e Apodi (RN), também se interessaram pelo modelo e começaram a fazer parte do projeto. “Constam, ainda, na internet, registro da Academia Estudantil de Letras em Tijucas (SC) e Quixadá (CE)”, disse a idealizadora.

Como parte do projeto, os alunos participam de encontros de Literatura e de teatro, em aulas fora do horário regular. As aulas de Literatura são ministradas por professores da própria escola, tanto da primeira quanto da segunda etapas do ensino fundamental.

As aulas de teatro têm formato semelhante, mas são ministradas por professores habilitados em Artes Cênicas. Eles preparam os alunos para a Mostra Anual de Teatro da Academia, na qual são apresentadas peças adaptadas de obras-primas da Literatura. Além de desenvolver o gosto pela leitura, o projeto também desenvolve outros valores, tais como o respeito, a convivência pacífica e harmoniosa, a solidariedade e a amizade.

Recentemente, a iniciativa foi apresentada no Fórum Social Mundial 2013, realizado na Tunísia. O projeto, segundo Maria Sueli, também tem despertado o interesse de professores italianos, que desejam compartilhar a experiência. “A leitura é essencial em todos os lugares do mundo e transmitir o gosto por essa atividade para crianças e jovens torna-se vital para o desenvolvimento de qualquer nação”, ressaltou.

* Com informações do portal Terra.

** Publicado originalmente no site Blog Educação.

 

Professor usa Noel Rosa para ensinar história

por Vagner de Alencar*

Em vez de pincel e quadro-branco, violão. Assim, as aulas expositivas ganham um tom diferenciado – e são dadas literalmente em diferentes tons. Os fatos históricos do Brasil e do mundo são contados, ou melhor, cantados em acordes de letras de compositores da música popular brasileira como Noel Rosa e Chico Buarque. Quem utiliza a musicabilidade para ensinar história e literatura é Ramiro Bicca, professor em duas escolas privadas e em uma pública, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Graduado em história e mestre em literatura pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e doutor pela Unisinos, a paixão de Bicca pela música é nutrida desde os 14 anos, quando já tocava violão e gostava de compositores dos anos 1930 e 1940, como Chico Buarque. Decidiu então unir a música à licenciatura. “Trabalho como professor de história e literatura. Nas horas vagas também sou músico. Aliás, poderia ser o contrário”, brinca.

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Foto: Valerii Zan / Fotolia.com

A música é usada por Bicca de diferentes formas para ensinar os conteúdos. Uma delas é usar canções já existentes, normalmente de compositores como Chico Buarque, que tratam de épocas marcantes como a do Regime Militar. Em sala de aula, Bicca toca a música e, em seguida, junto com os alunos, identifica as características da sociedade naquela época. “Isso faz com o que o aluno interaja melhor com o conteúdo”, diz. Em outro caso, como no samba “Com que roupa?”, de Noel Rosa, Bicca explica como, em 1929, o Brasil e o mundo capitalista, que estavam começando a entrar em crise por conta da queda da bolsa de Nova Iorque, precisavam mudar de conduta.

“A música popular é uma forma de fazer com que os estudantes abram os olhos para outra perspectiva, para pensarem de uma forma mais completa. A arte de uma maneira geral tem poder de despertar sensibilidade dos alunos. A aprendizagem não passa apenas pelo racional, mas pelas sensações. Quando você desperta os dois lados, parece ser mais fácil ensinar”, diz.

Outra estratégia empregada pelo professor é a de usar canções de artistas contemporâneos, que não tenham vivido em determinadas épocas, mas que retratam com o olhar atual certos períodos históricos. “Toco a música e os alunos precisam comentar qual o ponto de vista do compositor hoje sobre o acontecimento passado”, explica.

Já para os fatos históricos em que não há músicas compostas, é o próprio Bicca quem compõe as letras, como na canção em que fala sobre o Iluminismo ou sobre o Naturalismo, em forma de blues. “É importante salientar que a canção não é aula, mas um aprofundamento”, diz. Talvez o grande diferencial de Bicca em relação aos famosos professores de cursinho – que trabalham música para que os alunos memorizem conteúdos – está justamente em sua principal meta não ser esta. “Estamos trabalhando um contexto artístico, cultural que traz um conhecimento geral, um olhar mais amplo como é cobrado em provas como o Enem”.

O recurso, afirma, tem ajudado os alunos na hora da avaliação. “Eles costumam se lembrar dos versos das músicas e, a partir de um estrofe, conseguem explicar todo o restante do conteúdo”. Ainda segundo ele, os pais passaram a ir a escola com mais frequência, “para conhecer o professor que toca na aula”. “Muitos afirmam que os filhos não param de falar em tal música em casa. Tudo isso também ajuda a contribuir para que a música popular seja passada”, diz.

* Publicado originalmente no site Porvir.

 

Promulgada Emenda Constitucional que obriga reitores a prestar contas às Comissões Permanentes da ALESP

Foi publicada, na edição de hoje, dia 06 de dezembro, do Diário Oficial, a Emenda Constitucional de número 37/2012, de autoria do deputado estadual Vitor Sapienza (PPS), que altera o artigo 52 da Constituição do Estado de São Paulo que obriga os Secretários de Estado a comparecerem periodicamente a uma Comissão Permanente da Assembleia Legislativa para prestar contas de sua gestão à frente da pasta.

A Emenda Constitucional, publicada hoje, estende aos reitores das universidades estaduais públicas e ao presidente da Fundação de Aparo a Pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP) a obrigatoriedade de comparecer anualmente perante uma Comissão Permanente da Assembleia Legislativa para prestar contas de sua gestão à frente da instituição de ensino.

Entusiasta da boa qualidade do ensino e das pesquisas científicas, Vitor Sapienza é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação da ALESP, em diversas, ocasiões presidiu reuniões em que a qualidade do ensino e os avanços tecnológicos do nosso estado foram discutidos.

“Rotineiramente, a imprensa publica reportagens tratando de greves, reivindicações salariais e outras ações que ocorrem dentro das nossas universidades. Com minha iniciativa, teremos condições de saber se os recursos, destinados pelo Poder Executivo, são suficientes e se estão sendo utilizados de forma adequada”, comenta Sapienza.

Apresentada em 11 de agosto deste ano, a Proposta de Emenda à Constituição 5, que originou a emenda constitucional 37, tramitou em tempo recorde pelas comissões da Assembleia Legislativa e contava com 64 assinaturas de deputados que apoiavam a iniciativa.

“Fiquei contente por conseguir o apoio de 64 pares e com a aprovação do plenário em 31 de outubro. Sabemos que é preciso investir de forma correta para que nossos estudantes tenham ensino de qualidade. Cotidianamente, recebemos a informação de que é preciso destinar mais recursos para a educação. Na minha opinião, é preciso, também, acompanhar a aplicação deles. Pelo visto não sou o único que pensa desta forma. Educação e Pesquisas Científicas são dois pilares muito importantes para que alcancemos o nosso desenvolvimento”, conclui Vitor.

 

Vitor Sapienza

 

Deputado Newton Lima apresenta emendas para educação

A bancada paulista no Congresso aprovou na quarta-feira (28/11) 23 emendas para serem incluídas na Lei Orçamentaria Anual (LOA) de 2013. Entre elas, destacam-se três do deputado federal Newton Lima (PT-SP).

A primeira destina verba de R$ 50 milhões para a expansão e reestruturação da rede federal de educação profissional e tecnológica do Estado de São Paulo. A segunda destina R$ 50 milhões para restruturação e expansão das universidades federais do estado.

A terceira refere-se a modernização da fábrica de vacinas do Instituto Butantan, no valor de R$ 20 milhões. Esta terceira emenda foi apresentada em parceria com o deputado Vanderlei Macris.

Todas as emendas aprovadas pelos deputados da bancada serão analisadas pelo relator setorial das matérias, bem como pelo relator-geral da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

 

Ranking de educação com 40 países coloca o Brasil em penúltimo lugar

 


por Redação da Carta Capital
 

ed42 300x183 Ranking de educação com 40 países coloca o Brasil em penúltimo lugarUm ranking de qualidade de educação elaborado pela consultoria Economist Intelligence Unit incluindo 40 países colocou o Brasil na penúltima posição, atrás de nações como Bulgária, Romênia, Colômbia e Tailândia. A Finlândia é a líder da lista, seguida por quatro países asiáticos: Coreia do Sul, Hong Kong, Japão e Cingapura.

De acordo com a BBC Brasil, a lista foi feita sob encomenda da Pearson, empresa fabricante de sistemas de aprendizado. O ranking leva em conta testes de matemática, ciências e habilidades linguísticas feitos com alunos entre 2006 e 2010. Outros critérios, como a quantidade de alunos que ingressam na universidade e a qualidade dos professores também foram empregados.

O relatório da Pearson com base nos resultados do levantamento afirma que a existência de uma “cultura nacional de aprendizado” é mais importante que o tamanho dos investimentos para que um país tenha sucesso em termos educacionais. Essa é a característica em comum da Finlândia e da Coreia do Sul, que figuram nos primeiros lugares não apenas neste ranking mas em outros que levam em conta a qualidade da educação. Essa “cultura de aprendizado” é o que permite um país melhorar sua educação por meio da valorização de professores e escolas, afirma o estudo.

Confira abaixo o ranking da EIU:

1 Finlândia
2 Coreia do Sul
3 Hong Kong
4 Japão
5 Cingapura
6 Grã-Bretanha
7 Holanda
8 Nova Zelândia
9 Suíça
10 Canadá
11 Irlanda
12 Dinamarca
13 Austrália
14 Polônia
15 Alemanha
16 Bélgica
17 Estados Unidos
18 Hungria
19 Eslováquia
20 Rússia
21 Suécia
22 República Tcheca
23 Áustria
24 Itália
25 França
26 Noruega
27 Portugal
28 Espanha
29 Israel
30 Bulgária
31 Grécia
32 Romênia
33 Chile
34 Turquia
35 Argentina
36 Colômbia
37 Tailândia
38 México
39 Brasil
40 Indonésia

* Publicado originalmente no site Carta Capital.

(Carta Capital)

 

‘Aluno deve decidir sobre seu processo educativo’


por Vagner de Alencar*
 

A instituição que foi fundada pelos psicólogos colombianos Emilia e Buenaventura Fontán, no fim da década de 80, em um modelo experimental, faz parte hoje do Super Mentor Schools, seleto grupo de escolas mais inovadoras do mundo criado pela Microsoft. Ao estimular que seus alunos fossem autodidatas, o Colégio Fontán foi na contramão do modelo tradicional e apostou na autonomia dos estudantes. A aposta deu certo e chegou a ser reconhecida pelo Ministério da Educação do país como “primeira instituição de inovação educativa da Colômbia”. No Fontán, os alunos têm total liberdade para montar o seu currículo e decidir se estão aptos ou não para passar de nível escolar (leia matéria com detalhes sobre a metodologia desenvolvida no Fontán).

Julio Fontán, diretor da instituição e filho do casal que fundou o colégio, esteve no Brasil a convite do Instituto Natura, falando sobre o trabalho na Colômbia e conhecendo casos inovadores do país. Em entrevista ao Porvir, ele conta como surgiu o modelo de ensino e defende o uso da tecnologia como ferramenta de empoderamento para o aprendizado dos estudantes. Segundo Fontán, infelizmente, muitas escolas ainda não estão preparadas para adotar um modelo como o colombiano por conta do “medo e comodismo dos professores”, o que impede que as crianças se tornem mais autônomas. “Muitas vezes, os alunos não têm senso de realidade e são excluídos da tomada de decisão sobre seu processo educativo; simplesmente fazem coisas prontas”, diz. Confira abaixo a conversa com o especialista.

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crédito Alvov / Fotolia.com

Como surgiu a ideia do modelo Fontán?

O projeto começou em 1957, na Colômbia, com os meus pais, que eram psicólogos catalães. Na época, eles abriram um consultório de psicologia do aprendizado. As crianças iam para lá e meus pais as ajudavam a resolver seus problemas de aprendizagem. Chegou um momento em que os estudantes não queriam mais voltar à escola e preferiam ficar no consultório. Lá, eles trabalhavam os conteúdos autonomamente e, como forma de validação dos estudos escreviam, uma espécie de relatório, mostrando o que haviam aprendido. Já nos anos 1970, os alunos passaram realmente a estudar no consultório e abandonaram a escola.

Como o modelo passou a ser reconhecido pelo Ministério de Educação?

Nos anos 80, o Ministério de Educação visitou o consultório para conhecer o que estávamos fazendo já que apenas 26% dos alunos do país eram aprovados nos testes nacionais de avaliação de desempenho, enquanto os estudantes do consultório alcançavam 98% de aprovação. O MEC passou a acompanhar nossas metodologias e os especialistas ficaram encantados com o sistema. Em 1987, o ministério reconheceu o modelo como “primeira instituição de inovação educativa da Colômbia”. A metodologia chegou inclusive a inspirar algumas diretrizes do ministério.

O que é preciso para que essas escolas, de fato, se tornem inovadoras?

Inovar nunca pode ser o resultado, mas aquilo que está disposto a realizar. Quem está do outro lado são crianças e qualquer processo imposto pode interferir diretamente na qualidade de vida delas. Inovar em educação é uma coisa séria. Normalmente as escolas adotam certos sistemas de ensino que simplesmente dão as respostas às crianças ou então criam modelos a partir de uma teoria X; que Piaget disse isso ou aquilo e, por isso, deve ser assim ou assado. É como na medicina, que não se pode brincar com a saúde dos pacientes. Na educação é a mesma coisa: não podemos brincar com o futuro das crianças. A inovação tem que partir da pesquisa e da prática, não de ideias fabulosas ditas por alguém, como costuma acontecer.

Como as crianças desenvolvem o autodidatismo?

As crianças estão sempre aprendendo, assim como nós, desde que nos levantamos até a hora que dormimos, desde que nascemos até o momento que morremos. Aprender quer dizer que a gente vai se armando, e cada vez mais vamos fazendo mapas mentais maiores. O problema é que todo mundo esquece o que passa no cérebro da criança. Acreditam que se não ensinarmos as crianças, elas não aprendem. Mas, na verdade, elas estão sempre aprendendo. Um exemplo que costumo dizer é imaginar o caso de um aluno que chega ao colégio e faz um teste para identificarmos o que ele conhece sobre história. Talvez ele conheça alguns presidentes, como surgiu o país, algo de Napoleão… Mas quando fazemos um diagnóstico do “pensamento de avaliação em história” nos damos conta de que ele não domina a temporalidade, ou seja, para ele, o que aconteceu há 50 anos é o mesmo que há 500. Ele não consegue distinguir o que foi antes ou depois. Não consegue perceber a causalidade da história, o que vai gerando o que. Isso mostra que o simulacro de aprender história numa aula acaba não fazendo sentido. E o mesmo acontece com quase todas as outras áreas. É a diferença em se pensar o ensino a partir de como uma criança aprende no lugar de começar do que se quer transmitir. É o que normalmente se passa em todos os países. Dizem que a educação é um direito e colocam na lei. No entanto, para isso, precisam de um currículo em que isso possa ser cumprido. A preocupação precisa ser com as crianças, não com o governo e com o currículo. É preciso se preocupar para que cada criança tenha qualidade de vida. Para que a educação seja trabalhada realmente para gerar oportunidades para todos, é preciso desenvolver as potencialidades e diferenças de cada estudante.

O que as escolas precisam para implantar um modelo como o Fontán?

Primeiro, é preciso que os professores percam o medo. Os educadores estão cômodos: vão dar aulas, terminam e voltam para casa. As crianças vão mal porque o problema é sempre delas. Elas precisam se adaptar ao currículo e, se não conseguem, têm problemas, precisam ser levadas ao psicólogo, a professores particulares. A realidade é que todos os alunos são diferentes. O problema não é deles. Um estudante com síndrome de down, por exemplo, se tiver o que precisa dentro de sua realidade, será uma criança feliz e produtiva na escola. Ele não tem um problema, mas uma diferença. O problema somos nós quem criamos, nós que não damos o que ela precisa.

Como deve ser então um modelo de ensino ideal para potencializar as habilidades de cada estudante?

Uma das tragédias da educação é que o desenvolvimento intelectual funciona muito mal. Os educadores querem simplesmente ensinar um conteúdo e fazer com que os alunos, impostamente, o aprendam. Não importa quem seja a criança, o que gosta ela quer ser, o que está passando. O sistema educativo já impõe as metas, quando é preciso que cada criança construa a sua. O ideal é fazer com que professor e aluno possam planejar, construindo minuto a minuto, o que tem que fazer. Muitas vezes, os alunos não têm senso de realidade e são excluídos da tomada de decisão sobre seu processo educativo; simplesmente fazem coisas prontas. Isso acaba não gerando um sentido de responsabilidade. A posição que o sistema impõe às crianças é sumariamente aversiva. Não permite que eles desenvolvam o que têm de desenvolver para poder encarar o mundo.

Como você avalia o papel da tecnologia no processo de aprendizado dos estudantes?

A questão mais importante não é como a tecnologia transforma a pedagogia, mas como a pedagogia usa tecnologia como ferramenta. Temos à nossa disposição muitas informações oriundas da internet e precisamos usá-las para não perdê-las. No caso do nosso modelo, que usa uma metodologia chamada Serf (Sistema Educativo Relacional Fontán), centrada na realidade de cada estudante e em que cada um deles tem um projeto educativo pessoal, a tecnologia é indispensável para que eles possam montar e trabalhar seus currículos.

* Publicado originalmente no site Porvir.

(Porvir)
 

 

UNIFAFIBE recebe Prêmio Santander Universidades

Centro Universitário conquistou o 2º lugar

O Centro Universitário UNIFAFIBE conquistou o 2º Lugar de Universidades Privadas no Prêmio Santander Universidades 2012. Foram inscritos 1270 trabalhos para a premiação. A cerimônia de entrega foi esta semana, em São Paulo.

A proposta do Grupo Santander reforça o compromisso com a educação superior e com o desenvolvimento do país. Os Prêmios foram criados para que alunos, professores, pesquisadores e Instituições de Ensino Superior possam transformar os seus projetos em realidade e fazer a diferença para uma sociedade mais justa e equilibrada.

Em 2012 foram 4 premiações oferecidas: Prêmio Santander Ciência e Inovação, Prêmio Santander Empreendedorismo, Prêmio Santander Universidade Solidária e Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano. Um total de 10.500 trabalhos de todas as Universidades públicas e privadas do País foram inscritos. O UNIFAFIBE registrou 12% de todos os trabalhos inscritos para o prêmio, um grande diferencial.

A Profa Drª Renata Dellalibera-Joviliano, coordenadora Geral da Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, participou do evento representando o UNIFAFIBE. Estiveram presentes também na entrega do prêmio, o Ministro da Educação, Dr. Aloizio Mercadante, prof. Dr. João Rodas, reitor da USP, Dr. Emílio Botín, presidente mundial do banco espanhol Santander, José Augusto Lahoz do Prado, Gerente Santander e outros convidados.

Seleção para universidades tem novas regras para adequação à Lei de Cotas

O Ministério da Educação (MEC) atualizou no dia 6 de novembro, as regras do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), usado por instituições de ensino superior públicas para ingresso de novos alunos. As principais mudanças servem para que o método se adeque à Lei de Cotas, que estabeleceu reserva de vagas para estudantes que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas e aos alunos de famílias de baixa renda.

A lei, que entrou em vigor no segundo semestre de 2012, prevê que as universidades públicas federais e os institutos técnicos, também federais, reservem no mínimo 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública, com distribuição proporcional das vagas entre negros, pardos e indígenas. A norma determina, ainda, que metade das vagas reservadas às cotas sociais sejam preenchidas por alunos que venham de famílias com renda de até um salário mínimo e meio per capita. As instituições têm quatro anos para se adequar a determinação.

O Sisu usará como critério a nota de cada candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No processo seletivo para o primeiro semestre de 2013, valerá a nota do Enem 2012, realizado nos dias 3 e 4 de novembro. A previsão é que as notas sejam divulgas aos candidatos no fim de dezembro.

Pelas regras, os alunos de escolas públicas serão divididos em dois grupos, segundo a renda familiar: menor ou maior que 1,5 salário mínimo por pessoa. Esses grupos são separados em mais dois subgrupos, de acordo com a autodeclaração do candidato da cor da pele: os que são pretos, pardos ou indígenas e os demais.

A reserva de vagas também se estenderá à lista de espera das instituições, que podem ainda aplicar regras de programas próprios de ações afirmativas, desde que os 50% definidos pela lei continuem assegurados.

Caso não haja aprovados suficientes para preencher as vagas destinadas a algum dos subgrupos previstos, elas poderão ser oferecidas aos demais subgrupos, na seguinte ordem de prioridade: primeiro, ao que possui a mesma faixa de renda, depois, a qualquer renda, priorizando os pretos, pardos e indígenas. Se o preenchimento não se der mesmo assim, as vagas são disponibilizadas aos demais candidatos.

* Com informações do Portal Brasil.

** Publicado originalmente no site EcoD.

Fonte: Envolverde/Jornalismo & Sustentabilidade

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