CURIOSIDADES

 

Bexigas poderão produzir energia para 4,5 mil residências em Nova Iorque

por Redação CicloVivo
 
n66 300x174 Bexigas poderão produzir energia para 4,5 mil residências em Nova Iorque

Os balões vermelhos utilizados no projeto são compostos por células solares orgânicas, que transformam a luz do sol em eletricidade. Foto: Jakob E/Flickr

O céu de Nova Iorque será tomado pelas bexigas do projeto “99 Red Balloons”, que vão gerar energia limpa para a cidade de maneira inusitada. A ação ainda não tem data marcada, mas os organizadores estimam que os balões especiais produzam eletricidade suficiente para abastecer 4.500 residências da cidade norte-americana.

Os balões vermelhos utilizados no projeto foram produzidos no Canadá, e, diferentemente das bexigas convencionais, são compostos por células solares orgânicas, que transformam a luz do sol em eletricidade. Quando as bexigas ficam carregadas com energia fotovoltaica, elas perdem a cor e já podem abastecer a demanda energética dos habitantes da cidade.

O plano é lançar 99 balões no céu de Nova Iorque, que ficarão presos por cabos de aço, parados, produzindo eletricidade para a população. A ideia é soltar as bexigas em cima do aterro sanitário Fresh Kills, desativado em 2001 por não conseguir mais comportar resíduos.

Um dos objetivos do projeto é mostrar o potencial das fontes de energia limpa, até mesmo as mais inusitadas, como as bexigas. Com a ação, os organizadores do projeto também pretendem chamar atenção das pessoas para a destinação correta dos resíduos, uma vez que o aterro sanitário Fresh Kills, de onde serão soltas as bexigas, já foi considerado o maior lixão do planeta.

* Com informações da Exame.com.

** Publicado originalmente no site CicloVivo

 

Derretimento do gelo no mar Ártico atinge novo recorde, diz OMMmar Derretimento do gelo no mar Ártico atinge novo recorde, diz OMM

 

por Leda Letra e Edgard Júnior - Rádio ONU
 

Mar Ártico

Segundo agência da ONU, quase 12 milhões de km² derreteram entre março e setembro; seca do Nordeste brasileiro é destacada como um dos eventos extremos do ano.

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, prevê que o ano de 2012 termine como um dos mais quentes, apesar da influência de resfriamento causado pelo La Niña no começo do ano. O período entre janeiro e outubro já é considerado o nono mais quente desde 1850, quando as temperaturas começaram a ser registradas. A temperatura da superfície terrestre e dos oceanos foi 0,45° C acima da média global de 14,2° C. Segundo as Nações Unidas, o planeta vai enfrentar sérias consequências se o clima subir mais de 2° C além dessa média.

A OMM fez ainda um alerta sobre o derretimento do gelo do mar Ártico, que atingiu um novo recorde, como explicou à Rádio ONU, de Brasília, o primeiro vice-presidente da agência, Antônio Divino Moura. “Nós estamos vendo este ano um recorde de baixa no gelo Ártico, que ficou praticamente 18% do que o mais baixo valor observado anteriormente, que foi em 2007. Ou seja, quase 12 milhões de km² do gelo Ártico derreteu entre março e setembro deste ano. Isso é uma preocupação grande, mostra um sinal de aquecimento, um sinal de alerta, que deve preocupar bastante.”

A OMM destaca também que vários eventos extremos foram observados em todo o mundo, nos primeiros 10 meses do ano. Ondas de calor atingiram a Europa e os Estados Unidos; o norte do Brasil enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos e enchentes afetaram a África Ocidental e a região do Sahel. Já a neve e o frio extremo atingiram partes da Europa e leste da Rússia, onde as temperaturas chegaram a -50° C. A atividade de ciclones tropicais causou 81 tempestades, sendo que algumas atingiram o status de furacão. A OMM menciona o Sandy como o furacão mais notado, que afetou os Estados Unidos e o Caribe no final de outubro.

Descongelamento do pergelissolo e aquecimento global

O degelo do pergelissolo, parte do solo que deveria estar permanentemente congelada no ártico, pode ampliar o aquecimento global se as temperaturas continuarem subindo como o esperado. O alerta está no relatório divulgado, esta terça-feira, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma. O pergelissolo cobre quase 25% do território do hemisfério norte e contém 1,7 mil gigatoneladas de carbono, o dobro do que existe atualmente na atmosfera.

O relatório chama a atenção justamente para o perigo das emissões de dióxido de carbono e de metano contidas nestas terras, serem liberadas por causa do degelo. Até agora, essas emissões não tinham sido incluídas nas previsões climáticas dos cientistas. O relatório do Pnuma recomenda uma análise especial do pergelissolo, a criação de uma rede de monitoramento e planos de adaptação para lidar com o impacto das emissões de carbono. O diretor executivo da agência, Achim Steiner, afirmou que o pergelissolo é uma das chaves do futuro do planeta porque contem matérias orgânicas congeladas. Segundo Steiner, se descongeladas e expelidas na atmosfera, essas matérias orgânicas podem aumentar o atual ritmo do aquecimento global.

* Publicado originalmente no site Rádio ONU Brasil e retirado do site EcoAgência.

(EcoAgência)

 

 

Adolescentes nigerianas criam gerador de energia movido a urina

 

O destaque da Maker Faire Africa 2012 ficou por conta de quatro adolescentes que desenvolveram um sistema bastante alternativo de geração de eletricidade: o dispositivo proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina dispensado na máquina.

O gerador foi desenvolvido pelas adolescentes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15) e apresentado durante o evento que ocorreu no início do mês em Lagos, na Nigéria.

Com baixos custos de produção e operação, o aparelho produz energia através da eletrólise da ureia, realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é retirada e o composto gera eletricidade.

O aparelho foi confeccionado pelas estudantes para um trabalho escolar e apresenta custos mínimos, utilizando apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas. Para Gerardine Botte, engenheira química da Universidade de Ohio, o sucesso da nova tecnologia ainda não é garantido. “É um projeto escolar, portanto, não levem muito a sério”, disse a especialista ao portal CNET.

Entretanto, o maior obstáculo para a implantação desta alternativa é o potencial explosivo do hidrogênio, que pode ser utilizado na fabricação de explosivos de alta destruição – caso elaborada, uma bomba a partir do material pode superar 50 vezes a força de uma bomba atômica – como as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki.

Apesar de o projeto oferecer seus riscos e dúvidas, é inegável que as estudantes nigerianas desenvolveram uma maneira sustentável e inusitada de se produzir energia limpa. Com informações do CNET.

* Publicado originalmente no site CicloVivo e retirado do site Mercado Ético.

(Mercado Ético)

 

 

Goiabada gigante vira atração em Feira

Uma goiabada de 300 quilos atrai olhares de visitantes e expositores na oitava edição do Brasil Rural Contemporâneo realizada na Marina da Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro. O tamanho do doce incomodou tanto que o dono da obra, o produtor Eduardo Falcão, teve que mudá-lo de lugar várias vezes. “Essa foi uma situação muito engraçada, mas o marketing deu certo. Conseguimos chamar a atenção dos visitantes e tenho certeza de que sairemos daqui sem nenhum pedaço da goiabada”, conta o produtor.

Segundo Falcão, não é a primeira vez que um doce gigante é exposto na Feira. “Em 2009, um grupo de colegas produziu uma goiabada de 200 quilos e vendeu durante o evento aqui no Rio de Janeiro. Então, pensei em fazer algo bem maior para divulgar os produtos do Sítio da Goiaba. Foram necessárias seis pessoas para colocá-la no carro”, confessa.

Cultivada no fértil solo de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, a goiaba aproveita o que o município tem de melhor: sua gente, que cuida com carinho da goiabeira durante todo processo de produção; e seu clima, que alterna dias de frio e calor, propício para o cultivo da fruta. “O município ocupa hoje o posto de maior produtor da fruta em todo o estado. Tem goiaba para dar, vender e expor o ano inteiro.”

Da goiaba cachoeirense nasce a goiabada da Falcão Polpas e Doces. Criada há três anos por Falcão, com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), a agroindústria vem crescendo significativamente no estado. “Comprei insumos e maquinários que contribuíram ainda mais para o aproveitamento da safra. Muitas caixas da fruta iam para o lixo antes da agroindústria. Agora todas são utilizadas na fabricação de uma boa sobremesa”, disse ele. No estande do Sítio da Goiaba tem muitas especiarias da fruta como sucos, doces e compotas.

Para quem ficou com água na boca, Eduardo Falcão avisa que a sobremesa só poderá ser saboreada no sábado (24). “Os visitantes terão a oportunidade de degustar um pedaço do doce. Para os interessados em comprar, o quilo do produto será vendido por R$ 7.”

 

Reciclagem de livros didáticos

Pesquisa feita no IPT indica viabilidade na reutilização do papel usado em publicações usadas por alunos de escolas particulares e públicas (IPT)

Agência FAPESP

Quatro milhões de toneladas de papel são recicladas anualmente no Brasil, um volume equivalente a 43,5% do total consumido no país em 12 meses.

De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), esse número pode aumentar com o melhor aproveitamento de nichos de materiais, como os livros didáticos usados por alunos de escolas particulares e públicas, principalmente as últimas, nas quais os exemplares são repassados no final de cada série a novos alunos e descartados somente após três anos de uso.

Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), quase 138 milhões de exemplares foram distribuídos em 2011. Considerando as características médias do livro, ou seja, papel miolo com gramatura de 75 g/m², formato de 20,5 x 27,5 cm e 200 páginas, um total de 123 mil toneladas de papel tem potencial para reciclagem.

Por conta disso, o IPT realizou um projeto de pesquisa em amostras do miolo e da capa dos livros que mostrou a viabilidade do reaproveitamento do papel em produtos de maior ou menor valor agregado.

O projeto do Laboratório de Papel e Celulose foi proposto para preencher uma lacuna em estudos específicos sobre a reciclagem dos livros didáticos. Grande parte deles é impressa em quatro cores e tem lombada quadrada e miolo fixado com cola de poliuretano.

Para um reaproveitamento eficiente, a reciclagem deve promover a remoção dos pigmentos coloridos e da cola a fim de evitar a criação no papel reciclado dos chamados

De acordo com o IPT, embora represente uma redução no uso de recursos naturais, a reciclagem é um processo mais complexo em comparação à obtenção de fibras virgens porque os papéis a serem recuperados consistem geralmente em uma mistura de diferentes fontes.

Eles têm ainda em sua composição uma série de contaminantes, como corantes, revestimentos, tintas de impressão, laminações e adesivos, e materiais que acabaram sendo misturados durante o ciclo de vida ou coleta, como clipes, arames, elásticos e impurezas.

Para a realização do estudo, a equipe do laboratório do IPT selecionou aleatoriamente livros didáticos procedentes de seis editoras diferentes. Foram retiradas as lombadas dos exemplares para a obtenção das aparas e evitar o contato com a seção do livro na qual se encontrava a cola.

Os pesquisadores trabalharam no projeto com dois tipos de amostras, uma formada apenas por aparas do miolo e outra com aparas do miolo e das capas. Os ensaios foram feitos considerando-se dois processos de reciclagem para o estudo, um deles somente da desagregação das amostras e o outro englobando as operações de cozimento em solução alcalina e destintamento.

A equipe do laboratório utilizou no projeto uma série de equipamentos adquiridos no projeto de modernização do IPT, com destaque para a célula de destintamento por flotação, que é o principal método para a reciclagem de materiais impressos pela sua capacidade de retirar partículas hidrofóbicas, ou seja, aquelas que repelem a água.

As características semelhantes das amostras de livros didáticos usadas nos ensaios permitiram a geração de aparas mais homogêneas, o que facilitou os trabalhos de reciclagem.

Segundo a pesquisa, os processos envolvendo cozimento com solução alcalina e destintamento resultaram em papéis com pouca ou quase nenhuma sujidade e com alvura equivalente à dos papéis empregados na confecção dos livros didáticos.

Já a reciclagem pelo método de desagregação não trouxe resultados tão positivos. Os papéis obtidos apresentaram um alto teor de sujidade, a ponto de impedir a determinação de sua alvura, mas isso não descarta a reutilização: sua aplicação pode ser destinada a produtos como chapas de papelão ondulado e cartões multicamada, que não exigem requisitos de aparência.

Mais informações: www.ipt.br

 

Ecologistas lutam para que se deixe de comer chimpanzés


por Henry Wasswa, da IPS

 

Os conservacionistas ugandenses se preocupam com o fato de cada vez mais pessoas consumirem carne de primatas. Foto: Samson Baranga/IPS

 

Região de Albertine Rift, Uganda, 6/11/2012 – Conservacionistas que se esforçam para proteger a população remanescente de chimpanzés em Uganda estão preocupados porque pessoas que vivem perto das reservas de biodiversidade, no oeste do país, os matam para comer sua carne. “Não pensávamos que os ugandenses estivessem consumindo carne de chimpanzé, mas começamos a observar que estão comendo macacos e chimpanzés. Isto assusta. A ameaça à sua sobrevivência aumentou”, disse Lily Ajarova, que administra o Santuário de Chimpanzés de Ngamba, na ilha de mesmo nome no Lago Victoria, na região de Albertine Rift.

Este santuário, onde vivem 48 primatas resgatados do cativeiro, foi criado com a ajuda do Instituto Jane Goodall e é administrado pelo Santuário de Chimpanzés e pela Wildlife Conservation Trust. Há décadas, dezenas de milhares de chimpanzés perambulavam pelas densas florestas tropicais que então cobriam um vasto trecho da região de Albertine Rift. A área cobre a parte ocidental do Grande Vale do Rift, desde o noroeste de Uganda até o extremo sudoeste, ao longo da fronteira com a República Democrática do Congo.

Entretanto, segundo o Fundo Mundial para a Natureza, os chimpanzés já desapareceram de boa parte dos países africanos ou estão à beira da extinção, em boa parte devido ao desmatamento e à caça ilegal para se ter sua carne. Estima-se que atualmente existam apenas cinco mil exemplares em Uganda, segundo funcionários da área de conservação. A maioria dos que restam no país está protegida em seis reservas de caça e florestais na região de Albertine Rift, enquanto os outros estão em florestas de propriedade privada.

Ajarova disse à IPS que, apesar de há dois anos sua equipe de conservacionistas notar pela primeira vez que havia gente que comia carne de primatas no oeste de Uganda, os que incorriam nessa prática eram principalmente imigrantes ou refugiados da vizinha República Democrática do Congo. Era incomum os ugandenses comerem essa carne, destacou.

“Há muitas outras partes do mundo em que se come carne de primatas, mas isto não acontecia em Uganda. Com o passar do tempo começamos a testemunhar essa prática, que se desenvolve lentamente, da qual nos inteiramos quanto estivemos no lugar há dois anos”, disse Ajarova, acrescentando que agora é “um problema emergente”. A recente chegada de imigrantes da República Democrática do Congo mudou o equilíbrio demográfico da área e impactou na cultura local, observou.

Em julho, o ministro de Alívio, Preparação para Desastres e Refugiados, Musa Ecweru, disse que Uganda estava se esforçando para alimentar a grande quantidade de pessoas que fugiam dso combates na província congolesa de Kivu do Norte. Estima-se que no ocidente de Uganda há 16 mil refugiados congolenses. “Na área há muitos refugiados congolenses, e eles podem ter influído na população local para que comesse macacos e chimpanzés”, opinou Ajarova.

“Isto não foi parte da cultura ugandense no passado, mas agora está se tornando um problema. Descobrimos que agora esse hábito está estendido por toda a região ocidental. Acontece em quase todas as aldeias que visitamos. De vez em quando vemos aldeões carregando esqueletos de macacos e, às vezes, de chimpanzés”, disse Ajarova.

Os funcionários também acreditam que as pessoas passaram a comer primatas porque a região de Albertine Rift está devastada pela pobreza e seus habitantes dependem principalmente dos recursos florestais para sobreviver, já que não podem se dar o luxo de comprar carne. Os especialistas se preocupam que a nova tendência possa causar um surto de ébola, uma febre hemorrágica frequentemente fatal, que se acredita ser passada aos seres humanos pelo contato com animais infectados.

“É um problema sério. Toda carne que se come tem que passar por uma adequada inspeção veterinária, mesmo sendo de fazendas. As pessoas que ingerem carne de primatas correm o risco de contrair zoonoses, entre elas o éloba”, disse à IPS o diretor executivo da Autoridade da Natureza de Uganda, Andrew Seguya. “Não há nenhuma tribo ugandense que tradicionalmente coma carne de primata, mas há muitos refugiados congolenses nessa área e eles podem ter difundido o hábito entre os moradores locais”, afirmou.

“O ébola se propaga pelo contato direto, e acredita-se que estes primatas sejam portadores da doença e possam transmiti-la a seres humanos por outras vias, como a matéria fecal. Inclusive há uma escola de pensamento que afirma que a aids pode ter sido transmitida por primatas”, disse Seguya, que é cirurgião veterinário. O distrito de Kibaale foi afetado por uma suposta epidemia de ébola em julho. Funcionários da saúde ainda não confirmaram que se trata mesmo dessa doença. Mas, segundo a imprensa, morreram 17 pessoas.

Enquanto isso, Ajarova disse que são feitos esforços para mudar as atitudes das pessoas quanto ao consumo de carne de primata, mediante programas educativos e de projetos para criação de animais entre os aldeões. “Falamos para as pessoas que deixem de comer carne de primatas, informando-os que é perigoso para a saúde, podendo contrair o ébola. Esta é uma das principais mensagens em nossos programas educativos”, explicou Ajarova. “Também usamos rádio FM para transmitir mensagens conservacionistas às comunidades. Estas chegam a um grande público ao mesmo tempo”, acrescentou. Envolverde/IPS

 

 

 

 

Empresa inglesa quer parceria com Itaipu para desenvolver veículo elétrico global
 


 
 A empresa de tecnologia Mira, com sede na Inglaterra e filiais em países da
 Europa, Ásia e América Latina, quer integrar a Itaipu e o Projeto Veículo
 Elétrico (VE) ao esforço para desenvolver um carro elétrico global,
 compacto, que possa ser produzido e comercializado em diferentes pontos do
 planeta. A proposta foi apresentada nesta terça-feira (30), em Foz do
 Iguaçu, pelo CEO da companhia inglesa, Georges Gillespie, durante a reunião
 do Comitê Técnico do Projeto VE.

 Participaram da reunião o diretor-geral paraguaio de Itaipu, Franklin
 Boccia Romañach, a diretora financeira executiva, Margaret Groff, que
 também é a coordenadora brasileira do Comitê Gestor do Projeto VE, e
 representantes das empresas parcerias do projeto – entre elas, Ande,
 Eletrobras, Fiat, Copel, Cemig, CPFL, WEG, Chesf, Lactec, Light, Correios,
 Cepel, FPTI, Mascarello, Agrale, Iveco, Moura, Petrobras, Euroar, Finep,
 Furnas, FIAMM e Bom Sinal.
 
 O diretor do escritório da Mira no Brasil, Armando Canales, explicou que a
 ideia é transformar o Brasil em um centro de referência para o
 desenvolvimento de veículos elétricos ou híbridos e articular estratégias
 para que possa entrar no mercado global. “Países como a China e a Coreia do
 Sul já têm essas políticas industriais e a nossa proposta é que,
 trabalhando junto, o Brasil também possa entrar nesse mercado”, explicou.
 
 Canales acrescentou que as grandes montadoras dominam o mercado de veículos
 convencionais, com motor a combustão, mas as novas tecnologias abriram
 oportunidades para os países emergentes. “E não é só [produzir] veículo, há
 toda uma cadeia de componentes. O Brasil poderia, por exemplo, vender motor
 elétrico, talvez para a Coreia, os Estados Unidos. Mas, para isso, precisa
 desenvolver esse know-how, senão pode perder o 'trem'”, reforçou.
 
 Ainda segundo ele, o projeto do veículo elétrico global prevê um cronograma
 de 44 meses para a apresentação do novo produto, prazo que passaria a
 contar a partir da formalização das parcerias com empresas e instituições
 de pesquisa e o aval dos governos. “Por enquanto, o que estamos
 apresentando é o conceito”, ponderou.
 
 Salto tecnológico
 
 O coordenador brasileiro do Projeto VE, engenheiro Celso Novais, disse que
 o fato de a Mira ser uma empresa de alta tecnologia, sem fins lucrativos,
 criada pelo governo britânico há mais de meio século, a torna estratégica
 para o Projeto VE. “A Mira poderá, por exemplo, abrir o seu centro de
 pesquisa, um dos mais avançados do mundo, para treinamento de profissionais
 do Brasil e do Paraguai”.
 
 Novais salientou que países que não têm tradição na fabricação de
 automóveis, e sem condições de competir no mercado convencional, têm agora
 a oportunidade de emergir como potências no desenvolvimento de veículos
 elétricos e híbridos.

 “O Brasil, pela sua capacidade industrial, pelas suas dimensões, pela
 capacidade de produzir insumos, tem a oportunidade de fazer parte do grupo
 de países que vão fornecer tecnologia”, avaliou. Ao contrário, alertou, se
 o País decidir não participar desse processo, continuará a ser um mero
 importador.

 Surpresa
 
 O CEO da Mira, Georges Gillespie, disse que o fato de Itaipu trabalhar já
 há vários anos com o desenvolvimento de veículos elétricos, de forma
 independente, torna a empresa parceira natural do projeto. “Como Itaipu,
 nós [a Mira] também somos desenvolvedores de tecnologia”, reforçou o
 executivo, que disse ter ficado surpreendido com a visita à maior geradora
 de energia limpa e sustentável do Planeta.
 
 “Itaipu é muito mais que produção de eletricidade”, disse, citando projetos
 que conheceu nas áreas social e ambiental, além das pesquisas em
 tecnologia. “Para mim, foi uma grande surpresa”, afirmou.

 

28 DE OUTUBRO alguns fatos interessantes

Dia de Judas Tadeu

Dia do Servidor Público

2007- A primeira-dama e senadora Cristina Kirchner vencia as eleições presidenciais da Argentina

2002 – Lula anunciava a criação da Secretaria Especial de Combate à Fome

2002 – O escritor Paulo Coelho assumia cadeira na Academia Brasileira de Letras

1991 – O jornal “O Estado de S. Paulo” era editado pela primeira vez totalmente a cores e voltava a circular também às segundas-feiras

1967 – Nascia Julia Roberts, atriz norte-americana conhecida por sua atuação no filme “Uma Linda Mulher”, ao lado de Richard Gere

1962 – Crise dos Mísseis: após 13 dias de tensões políticas, o primeiro-ministro soviético Nikita Kruschev cedia à pressão norte-americana e ordenava a retirada de mísseis nucleares em Cuba

1955 – Nascia Bill Gates, fundador da Microsoft

1937 – A escritora Rachel de Queiroz era presa no Ceará, acusada de subversão

1922- Liderados por Benito Mussolini, os fascistas realizavam a Marcha sobre Roma marcando a vitória do Partido Nacional Fascista (PNF) e o fim da democracia liberal na Itália

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